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Author: rupereta servindo sempre


Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” 1 Timóteo 3:15
No dia 31 de outubro, a Reforma Protestante completou 492 anos, e como meus dois pastores são também teólogos, o culto de domingo teve como pano de fundo esse grande e importante acontecimento da História do cristianismo.  
Não vou “roubar” o sermão do meu pastor, até mesmo porque jamais conseguiria me expressar como ele, mas quero destacar uma observação que ele fez quando estava terminando sua mensagem. Ele falou sobre os cinco “solas” que são a base da Reforma Protestante e eu acho importante meditar sobre esses pontos, pois são eles que também norteiam nossa vida cristã hoje, ou pelo menos deveria.
As citações que acompanham os tópicos são da Declaração de Cambridge.
Os cinco “solas” são (não necessariamente nessa ordem): 
1 – Sola fide (somente a fé/ fé somente). Isso quer dizer que somos justificados somente pela fé em Cristo.
“Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja, mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.”   
2 – Sola scriptura (somente a Escritura). A Bíblia tem a primazia antes da Tradição da Igreja. A Reforma não rejeitou a Tradição, porém, em princípios doutrinários no quais ela entra em conflito com a Bíblia, a Bíblia será sempre a resposta final.
“Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação”, Declaração de Cambridge.  
3 – Solus Christus (somente Cristo). A salvação é concedida somente por Cristo.
“Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.”
4 – Sola gratia (somente a graça). O homem obtém a salvação pela graça de Deus em Cristo e não pelas próprias obras.
“Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.”
5 – Soli Deo gloria (glória somente a Deus). Uma vez que a salvação é efetuada por sua graça e ação, toda glória deve ser dada somente a Deus. Nenhum homem é digno de receber a glória que cabe somente a Ele.
“Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.”
Nada muito complicado, certo?
Na verdade, é tudo simples, porém, é fácil nos esquecermos desses princípios e vivermos a vida cristã de forma narcisista e descomprometida com o que são as doutrinas verdadeiras do cristianismo. Afinal, quantas igrejas hoje falam sobre as doutrinas cristãs? Infelizmente, poucas. Esse assunto é muito “chato” e ninguém se preocupa mais com isso.
Mas conhecer as doutrinas cristãs é fundamental para uma fé sólida e para se viver o cristianismo verdadeiro.
Consideremos isso. Talvez a “reforma” precise começar em nós ainda hoje.
Desiree Froes Rocha
Gestão do Conhecimento
Andrezinho rupereta

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