As vezes em minha leitura bíblica acho alguns textos difíceis e tenho que fazer um esforço enorme para compreendê-los. Com o passar do tempo aprendi algumas lições importantes, com alguns mestres, que trabalham diretamente com as ferramentas da exegese e da hermenêutica. Faço aqui três apontamento que considero importantes para se ter uma leitura bíblica transformadora, edificante e muito proveitosa.

1- Ao ler - Procure identificar a intenção do autor ao escrever determinada frase ou oração. Respeite o autor e aquilo que ele escreveu por meio da inspiração do Espírito Santo, caso você não consiga identificar o que realmente o autor queria dizer aos seus ouvintes, você pode cometer sérios erros de interpretação. Você não tem o direito de mudar aquilo que está registrado trazendo para dentro do texto suas ideias, tentado fazer com que o texto fale - aquilo que você deseja. Respeito o autor e seu público para que você possa chegar a uma compreensão exata do texto. 

2- Ao explicar ou tentar compreender - Siga este próximo passo, se você já encontrou a intenção do autor registrada em seus escritos, agora busque a verdade e o propósito desejado pelo autor. Ele deseja corrigir, edificar, consolar, louvar, adorar ou reclamar. Tente compreender o que realmente o autor desejava ao compor seus versos, podemos observar que em muitos textos, escritos pelos profetas do antigo testamento, existia ali  um chamado ao arrependimento, uma palavra de juízo, uma palavra de consolo ou o anúncio de um evento futuro glorioso.
Podemos também observar nos escritos paulino, as suas defesas em favor do evangelho, as suas explicações sobre o verdadeiro evangelho, encontramos também suas palavras de conforto, exortação e esperança. Procure a verdade e o propósito estabelecido pelo autor. Procure as verdades teológicas dentro de cada texto. Por exemplo ao leia o texto do profeta Isaías (Is 53) e responda esta pergunta:
"Que verdade teológica eu posso retirar deste texto?"

3- Ao aplicar - Achamos a intenção e o verdadeiro propósito do autor, agora devemos achar os meios apropriados para aplicarmos as verdades e os propósitos do autor em nossa vida. Sabemos que muitos dos rituais que encontramos no livro de Levíticos não precisamos mais efetuar, pois eles eram sombras, daquilo que Jesus faria em favor dos pecadores, porém ao lermos os textos de Levíticos, fica claro que os rituais, eram para trazer a paz entre o ofensor e o ofendido. Fica evidente a natureza e o propósito do livro que é o apaziguamento do ofendido, o perdão concedido ao ofensor,  a restauração da comunhão e as diretrizes para se manter esta comunhão. Esse livro traz uma mensagem poderosa para o nosso relacionamento com Jesus, o Cristo.
Por exemplo: Como aplicar e viver a realidade da exortação - "Honra teu pai e a tua mãe" - sendo que determinados pais são pessoas injustas? Isto só será possível se você viver a realidade do mandamento encontrado em (Lv 19.18; Lc 10.27)

Caso você tenha uma tradução muito antiga, aconselho você ter também versões mais atuais, por exemplo Almeida Século 21 ou NVI, o motivo e que alguns textos antigos trazem termos antiquados que com o passar do tempo perderam seu significado comum ninguém fala mais "beneplácito" quando quer dizer "segundo o conselho de sua vontade" em nossa língua portuguesa, entendeu.

Espero poder ter te auxiliado de alguma forma e que Deus te abençoe.


O problema não é a Ciência, mas uso descarado que os ateístas e naturalistas fazem dela, firmando-se em uma teoria falida para tentar calar as evidências de um Designer que criou o Design Inteligente.

Os céus declaram a glória de Deus [o grande Designer]...[i] Os homens modernos não conseguem enxergar isto.

O Designer não só criou, mas também esteve entre nós e “alguns de nós vimos à glória Dele – a glória do Filho único de Deus[ii].

Como bem escreveu um ex-ateu:

Estou tentando impedir que alguém repita a rematada tolice dita por muitos a seu respeito: "Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus." Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático - no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido — ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la [iii].

Deus o grande Designer não te deixou opção ele te criou para a glória DELE....

Bom dia - Andrezinho Rupereta




[i] Salmos 19.
[ii] Evangelho de João 1.14.
[iii] C.S.Lewis

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não venceria Satanás pela Palavra, mas o teria repreendido, amarrado, mandado ajoelhar-se, dito que é um derrotado, feito uma sessão de descarrego durante 7 terças-feiras, aí sim ele sairia... (Mt 4.1-11)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não teria feito simplesmente o “Sermão da Montanha”, mas teria realizado o 'Grande Congresso Galileu de Avivamento Fogo no Monte', cuja entrada seriam apenas 250 Dracmas divididas em 4 vezes sem juros. (Mt 5.1-11)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, jamais teria dito, no caso de alguém bater em uma de nossa face, para darmos a outra; Ele certamente teria mandado que pedíssemos fogo consumidor do céu sobre quem tivesse batido pois “ai daquele que tocar no ungido do senhor” (Mt 5.38-42)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não teria curado o servo do centurião de Cafarnaum à distância, mas o mandaria levar o tal servo em uma de suas reuniões de milagres e lhe daria uma toalhinha ungida para colocar sobre o seu servo durante 7 semanas, aí sim, ele seria curado. (Mt 8.5-13)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não teria multiplicado pães e peixes e distribuído de graça para o povo, de jeito nenhum!! Na verdade o pão ou o peixe seriam “adquiridos” através de uma pequena oferta de, no mínimo 50 dracmas, e quem comesse o tal pão ou peixe milagrosos seria curado de suas enfermidades. (Jo 6.1-15)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, Ele até teria expulsado os cambistas e os que vendiam pombas no templo, mas permaneceria com o comercio, desta vez sob sua gerência. (Mt 21.12-13)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, quando os fariseus o pedissem um sinal certamente Ele imediatamente levantaria as mãos e de Suas mãos sairiam vários arco-íris, um esplendor de fogo e glória se formaria em volta dele que flutuaria enquanto anjos cantarolavam: “divisa de fogo varão de guerra, Ele desceu à terra, Ele chegou pra guerrear”. E repetiria tal performance sempre que solicitado. (Mt 16.1-12)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, nunca teria dito para carregarmos nossa cruz, perdermos nossa vida para ganhá-la, mas teria dito que nascemos para vencer e que fazemos parte da geração de conquistadores, e que todos somos predestinados para o sucesso. E no final gritaria: receeeeeeebaaaaaa! (Lc 9.23)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não teria curado a mulher encurvada imediatamente, mas a teria convidado para a Escola de Cura para o aprender os 7… veja bem, os 7 passos para receber a cura divina. (Lc 13.10-17)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, de forma alguma teria entrado em Jerusalém montado num jumento, mas teria entrado numa carruagem real toda trabalhada em pedras preciosas, com Poncio Pilatos, Herodes e a cantora Maria Madalena cantando hinos de vitória “liberando” a Bênção sobre Jerusalém. E o povo não O receberia declarando Hosana! Mas marchariam atrás da carruagem enquanto os apóstolos contariam quantos milhões de pessoas estavam na primeira marcha pra Jesus. (Mt 21.1-15)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, ao curar o leproso (Mc 1.40-45), este não ficaria curado imediatamente, mas durante a semana enquanto ele continuasse crendo. Pois se parasse de crer.. aiaiaiaiai!

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não teria expulsado o demônio do geraseno com tanta facilidade.Ele teria realizado um seminário de batalha espiritual para, a partir daí, se iniciar o processo de libertação daquele jovem. (Mc 5.1-20)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, o texto seria assim: “ Mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um pobre entrar no reio dos céus” (Mt 19.22-24)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não teria transformado água em vinho, mas em Guaraná Dolly. (Jo 2.1-12)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, Ele teria, sim, onde recostar sua cabeça, moraria no bairro onde estavam localizados os palácios mais chiques e teria um castelo de verão no Egito. (Mt 8.20)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, Zaqueu não teria devolvido o que roubou, mas teria doado ao Seu ministério. (Lc 19.1-10)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não pregaria nas sinagogas, mas na recém fundada Igreja de Cristo, e Judas ao traí-lo não se mataria, mas abriria a Igreja de Cristo Renovada.

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não diria que no mundo teríamos aflições, mas diria que teríamos sucesso, honra, vitória, sucesso, riquezas, sucesso, prosperidade, honra…. (Jo 16.33)

SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, Ele seria amigo de Pôncio Pilatos, apoiaria Herodes e só falaria o que os fariseus quisessem ouvir.

Certamente, SE JESUS FOSSE NEOPENTECOSTAL, não sofreria tanto nem morreria por mim nem por você… Ele estaria preocupado com outras coisas. 

AINDA BEM QUE NÃO ERA!!!!!!!!!!!

Autor Desconhecido

Texto: Fp 1.12 Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho; Fp 1.13  de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais; Fp 1.14  e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus.

Introdução:

Sofrimentos e privações são situações que não gostamos de passar, se fizermos uma rápida pesquisa, aqui entre nós, poderemos constatar que nenhum de nós, quer ou deseja estar em tais situações. O Pastor Russell Shedd ao expor o texto de 2Co 4.16 explica que “Se a gente quer glória na vida vindoura, [devemos] esperar sofrimento nesta vida, especialmente, o sofrimento da perseguição.” [i]. O sofrimento é um tema comum nas escrituras, nós é que não temos uma teologia de sofrimento, isto fica evidente ao estudarmos a vida dos patriarcas, dos profetas, de Jesus, dos apóstolos e da igreja primitiva.

Quem de nós não quer uma vida um pouco melhor, é lógico que todos nós queremos quem não quer os milagres de Deus, quem não quer uma vida bem sucedida, quem não quer uma vida sem stress neste nosso século, se você fizer uma pesquisa, você a de constatar que os livros mais vendidos são aqueles que nos falam de como sermos bem sucedidos ou de como termos uma vida sem stress. Para nós é um absurdo, termos um Deus todo poderoso, que permite os nossos sofrimentos e privações.  “Tente excluir a possibilidade de sofrimento que a ordem da natureza e a existência do livre-arbítrio envolvem e descobrirá que excluiu a própria vida” (C.S.Lewis). O que temos de entender é que o sofrimento faz parte de nossa vida e de nosso crescimento como ser humano.

O nosso grande problema é que queremos uma formula mágica ou uma pílula que nos traga alivio, mas não existe uma resposta pronta, cada caso é um caso, e Deus trata cada um de nós de forma diferente. A única certeza que podemos ter diante de tais situações é que o nosso Deus é soberano e está no controle de todas as coisas e o poder dele que em nos habita nos capacitará a suportarmos tais sofrimentos e privações, isto não significa que devemos permanecer inertes, isto não significa que devemos ficar cultivando nossas dores e perdas, antes por termos tal certeza devemos avançar, lutar e prosseguir em conhecer o nosso Deus e o Nosso Senhor Jesus. 

1-Você tem uma teologia de sofrimento? V.12

O que é teologia definição do termo:
Teologia (do grego θεóς, transl. theos = "divindade" + λóγος, logos = "palavra", por extensão, "estudo, análise, consideração, questionamento sobre alguma coisa ou algo"), no sentido literal, é o estudo sobre a divindade.

A Teologia é o conhecimento sistematizado de Deus de quem, por meio de quem, e para quem são todas as coisas - Louis Berkhof [ii]

Teologia sistemática é qualquer estudo que responda à pergunta “O que a totalidade da Bíblia nos diz hoje” John Frame. [iii]

Jesus e os apóstolos tinham uma teologia para o sofrimento. Jo 16.32; Rm 8.18; 2Co 2.4; Cl.1.24; 2Tm 1.8; 2Tm 2.3; 2Tm 3.10-12; 1Pe 4.12-16; 1Pe 5.8-11

Uma teologia de sofrimento saudável nos convoca a perseverarmosO escritor aos Hebreus convocou os judeus messiânicos que estavam sofrendo uma perseguição implacável, a perseverarem, pois eles estavam a ponto de abandonar sua fé em Jesus, o Messias e voltar ao judaísmo por causa do sofrimento que estavam passando. Hebreus 10.32-39 

“Assim, tendo sido entregue nas mãos do carcereiro, fui levado para a prisão e tenho estado aqui, por doze anos completos, aguardando para ver o que Deus permitirá que estes homens façam comigo” John Bunyan [iv]

2-Apesar das ameaças e do sofrimento, Deus continua trabalhando. V.13-14

O sofrimento não deve nos paralisar.

Paulo encontra-se preso, mas isto não é nenhum problema para ele, Cristo continua sendo anunciado. Paulo tinha todos os motivos para desistir - mas não desistiu. Ele continuou firme diante de tais circunstancia e tinha certeza que o motivo de sua prisão e sofrimento era por causa de sua proclamação de que Jesus era o Cristo.

A sua prisão não foi motivo para desistir, ele olhava o seu encarceramento como uma oportunidade para anunciar o evangelho e a salvação existente em Jesus, o Cristo.

As ameaças eram constantes, mas isto inspira a igreja a proclamar a salvação existente em Jesus, o Cristo. Atos 4.24-31.

Aplicação:

As escrituras nos revelam um Deus poderoso que cuida de seus filhos, mesmo que a nossa situação atual seja de grande sofrimento, amargura, solidão e privações. Deus está no controle e o seu Espírito Santo que em nós habita é a garantia que podemos suportar. Ele é a garantia que teremos alegria e paz mesmo diante de grandes calamidades que podemos sofrer ou estamos sofrendo.

Paulo explicou aos seus irmãos que estava bem e que deveriam se alegrar diante de situações difíceis. Os problemas não podem ser desculpa para você para. Eles não são desculpa para você desistir. Eles devem ser motivações para você continuar confiando em Deus. Paulo nunca negou que não tivesse tido tristeza ou alegrias, o que aprendemos com Paulo e que o nosso foco não deve ser as nossas emoções, mas no Deus que tudo controla. 

Paulo extrai força de sua convicção e de sua dependência da Soberania de Deus. Ele não é refém de suas emoções ou das situações.

Conclusão:

Alegrai-vos nos Senhor este é o grande principio ensinado por Paulo. 

Andrezinho Rupereta


[ii] Teologia Sistematica – Louis Berkhof – Editora Cultura Cristã.

[iii] Citado por Wayne Grudem em Manual de Teologia Sistematica – Editora Vida.

[iv] Graça Abundante ao Principal dos Pecadores - Uma autobiografia de John Bunyan, um grande pregador puritano batista, nascido na Inglaterra em 1628, que foi preso por pregar a Palavra de Deus, não sendo ordenado um ministro pela Igreja da Inglaterra. Publicado originalmente em 1666, o livro revela a peregrinação espiritual de Bunyan, que ficou preso por 12 anos, e descreve seu longo e dramático processo de conversão, suas lutas espirituais, suas tentações, seu crescimento na fé e compreensão da Palavra de Deus, e seu chamado para o ministério da pregação.

Antes de qualquer coisa, leia o texto de Filipenses 1.9-11.
Eis o resumo e a aplicação das verdades que encontramos neste texto.

Como aumentar o amor - Amando as pessoas da Santíssima Trindade, isto é à base da vida cristã, sem este fundamento, nada do que você fizer, terá valor algum.
Ame seu próximo de uma forma incondicional, em qualquer ambiente você pode amar principalmente seus inimigos. Jesus é o seu exemplo neste quesito amar ao próximo.

Adquira conhecimento e aprenda a discernir o mundo a sua volta - Neste contexto Paulo aponta para um conhecimento moral segundo os princípios de Deus, conhecimento que adquirimos por meio da revelação completa de Deus registrada nas escrituras, ao nos apropriarmos deste conhecimento, poderemos mudar nosso estilo de vida. Com este conhecimento de Deus e de seus princípios morais, poderemos julgar o mundo ao nosso redor e fazermos as escolhas certas que agradam a Deus e sejamos encontrados como pessoas sinceras e inculpáveis diante de uma geração má.

Aguarde, pois teu Noivo vem. - Tenha esperança o teu Noivo virá para te buscar, aguarde por ele de uma forma ansiosa, pois a qualquer momento, Ele chegará, faça desta verdade a sua bendita esperança.

Você tem dado os frutos devidos? - O que Deus espera de cada um de nós são frutos, e frutos de justiça, mas tenha sempre isto em mente, o verdadeiro fruto só é capaz de aparecer se você estiver conectado a Videira, pois o fruto verdadeiro só pode ser evidenciado se for por intermédio dele Jesus, não é por meio de sua própria força que você irá gera tais frutos, isto só é possível, por meio do Espírito Santo que se encontra em nós.

A maior de todas as suas motivações - Todas estas verdades ao serem praticadas, devem ter como maior motivação, a glória e o louvor a Deus. Para isto fomos criados, para isto fomos salvos, para isto seremos ressuscitados e para isto teremos toda uma eternidade - declara a todos a Glória de Deus.


Andrezinho Rupereta.
O que é a Igreja?

A igreja [i] é um grupo de pessoas, pessoas que um dia tiveram suas vidas transformadas ao receberem por meio de Jesus o perdão de seus pecados. A igreja não é um lugar a igreja são pessoas.

Estas pessoas em gratidão ao perdão que lhe foi concedido se reúnem em determinados locais para que juntas adorem aquele que é digno de receber todo o louvor pelo século dos séculos.

Estas pessoas que um dia tiveram seus pecados perdoados são denominadas na bíblia como A Noiva, o Corpo de Cristo, o Baluarte da Verdade (1Tm 3.15) ou a Família de Deus (Ef 3.15).

Onde houver um grupo que alegue que Jesus é o Cristo, e por Ele estas pessoas aleguem que foram perdoadas e tenham somente como regra de fé e prática aquilo que se encontra descrito na bíblia ali se encontra a Igreja de Jesus.

Os lugares não são igrejas, os lugares só servem para abrigar a Igreja. Você não leva pessoas a Igreja você faz, por meio da apresentação do evangelho, com que pecadores se tornem a Igreja. Você não vai a um templo ou a uma igreja, você é o templo – você é a Igreja.

Você se reúne com a Igreja em um determinado lugar.

A Igreja pode estar reunida em uma casa ou em outros lugares públicos como shopping, restaurante ou em sua própria propriedade em uma determinada região. Nesta região podemos ter vários grupos de pessoas que seguem uma determinada tradição cristã, que pode ser diferente de outra tradição cristã, mas isto não quer dizer que um determinado grupo seja melhor ou pior que o outro, todos estes grupos são o Corpo de Cristo ou a Igreja do Senhor Jesus. Podemos ter na mesma região grupos cristãos denominados como pentecostais, reformados, batistas entre outros.

Em uma determinada região podemos ter alguns grupos que se denominam “igreja”, mas não fazem parte da Igreja do Nosso Senhor Jesus. 

Deixe-me ilustrar:

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não é e não faz parte da Igreja do Nosso Senhor Jesus. A igreja dos Mórmons nega a suficiência da bíblia - criando para si um livro para afirma suas crenças o Livro dos Mórmons. A Igreja Mórmon ensina que o sangue de Jesus não e suficiente para expiar todos os pecados. Há certos pecados que, segundo eles, podem ser expiados pelo sangue do próprio pecador. [ii]
Pelo fato dos mórmons não crerem somente na bíblia e afirmarem que existe a possibilidade de qualquer ser humano ser capaz de expiar alguns de seus pecados – eles negam o ato de Jesus ter morrido na cruz por TODOS OS NOSSOS PECADOS. Isto faz da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma falsa igreja – que não segue a tradição cristã comum, por exemplo, aquela citada no Credo dos Apóstolos. [iii]

Para você saber se um determinado grupo que diz seguir Jesus é a verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus – tenha sempre este teste em mente:
·         Tal grupo tem como única regra de fé e prática a bíblia? Caso a resposta seja negativa, você não se encontra na verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Qualquer grupo que tenha outro livro ou outra fonte de ensino que seja comparado ou colocado no mesmo patamar que a bíblia é um grupo de falsos cristãos.
·         Tudo que este grupo ensina ou crê tem como única fonte a bíblia? Caso a resposta seja negativa, você não se encontra na verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
·         Tal grupo crê, que a sua salvação e o seu perdão, dependem exclusivamente e totalmente de Jesus, o Cristo. E que não existe nenhum outro meio pelo qual possamos ser salvos ou perdoados, e que nenhuma outra obra efetuada por qualquer ser humano é capaz de ajudar neste processo de salvação e perdão. Caso a resposta seja negativa, você não se encontra na verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Se tal grupo sustentar estes três simples princípios,de forma positiva, você encontra-se diante da verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus.
Por: Andrezinho Rupereta









[i] 1. ekklesia - formado de ek, “para fora de”, e klesis, “chamado” (kaleõ, “chamar”), era usado entre os gregos para descrever um corpo de cidadãos “reunidos” com a finalidade de discutir os assuntos do estado (At 19.39). Na Septuaginta, é usado para designar o “ajuntamento” de Israel, convocado para qualquer propósito definido, ou um “ajuntamento” considerado o representante da nação inteira. É usado para se referir a Israel (At 7.38); a uma turba revoltada (At 19.32,41). Tem duas aplicações a grupos de cristãos: (a) ao grupo inteiro dos redimidos ao longo de toda a era atual, o grupo acerca do qual Cristo disse: “([Eu] edificarei a minha) igreja” (Mt 16.18), e que mais tarde é descrito como a “igreja, que é o seu corpo” (Ef 1.22,23; 5.23), (b) no singular (por exemplo, Mt 18.17, “igreja”), refere-se a um grupo formado por crentes professos (por exemplo, At 20.28; 1 Co 1.2; G1 1.13; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.1; 1 Tm 3.5), e no plural, diz respeito às igrejas num distrito. Há uma exceção aparente em A t 9.31, onde, enquanto a RC traz “igrejas”, o singular (ARA) parece apontar para um distrito; mas a referência é claramente à igreja que estava em Jerusalém, da qual ela há pouco tinha sido espalhada (At 8.1). Igualmente, tem Rm 16.23, onde diz que Gaio era o anfitrião de toda a igreja”, sugere tão-somente que a “assembléia” em Corinto tinha se acostumado a se reunir em sua casa, onde também Paulo fora recebido.

[ii] Desmascarando as Seitas – Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro – Editora CPDA.

[iii] 1º artigo (da criação) Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra. 2º artigo (da salvação) E em Jesus Cristo, seu Filho unigênito, nosso Senhor, o qual foi concebido pelo Espírito Santo,
nasceu da virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao mundo dos mortos, ressuscitou no terceiro dia, subiu ao céu, e está sentado à direita de Deus Pai, todo-poderoso, de onde virá para julgar os vivos e os mortos. 3º artigo (da santificação) Creio no Espírito Santo, na santa Igreja cristã, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém  - Breve Catecismo de Lutero, Igreja Evangélica de confissão Luterana no Brasil.

Você também pode encontrar uma ótima explicação do Credo dos Apóstolos feita pelo Pastor e Historiador Franklin Ferreira aqui: http://vimeo.com/52494577  


Falsas doutrinas levam uma pessoa a transgredir o maior de todos os mandamentos antes mesmo de levá-la a transgredir o segundo, e mesmo antes que qualquer ação externa seja exibida. Isto é, crer ou pensar algo falso sobre Deus, ou crer ou pensar algo diferente ou contrário ao que ele revelou, é em si mesmo pecaminoso. É uma violação do maior mandamento. Portanto, moralmente falando, crer e promover falsas doutrinas é muito pior que assassinato, adultério, roubo e coisas semelhantes. Isso é o contrário do que muitas pessoas, incluindo cristãos, parecem acreditar. 

Vincent Cheung



A heresia é um ensino, um tipo de doutrina, que é devidamente sustentado por um grupo ou partido herético, tendo como sua fonte os ensinos de um herege.



Determinado grupo/partido, desvia-se dos ensinos fundamentais, estabelecidos pela Bíblia e assegurado pela tradição cristã. 

As heresias é uma distorção parcial ou total dos ensinos revelados por Deus em suas escrituras. 

Qualquer grupo/partido que afirme ser seguidor de Jesus, o Cristo deve ter como fonte de seus ensinos as escrituras, tendo como base o fundamento dos apóstolos.

Deixe-me ilustrar:

O grupo denominado - Testemunhas de Jeová - tem entre suas crenças, um ensino herético (uma heresia) que não encontra respaldo na Bíblia nem na tradição apostólica e nega um dos ensinos fundamentais da tradição cristã. 

As Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus não é Deus[i] e foi a primeira criatura criada por Jeová, elas afirmam que Jesus é um deus poderoso, mas não totalmente poderoso como Jeová. Para fazerem este tipo de afirmação, eles negam a tradição cristã que condenou o arianismo [ii] e criaram para si uma versão da Bíblia denominada Tradução Novo Mundo das Sagradas Escrituras [iii] onde eles alteraram os principais textos bíblicos que afirmam a divindade do Senhor Jesus e interpretam de uma forma incorreta tais textos.

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era [um] deus. João 1.1. Tradução Novo Mundo das Escrituras Sagradas.

Um texto claro (escritura), onde o Apóstolo João, um dos doze (tradição apostólica) afirma a divindade de Jesus (Tradição da Igreja) [iv], foi totalmente adulterado pelas Testemunhas de Jeová – Eles não respeitaram o manuscrito grego onde encontramos esta afirmação, nem respeitaram o autor do texto. 

Qualquer tipo de ensino doutrinário dentro da tradição cristã, que não tenha a garantia das escrituras, caso tal ensino não encontre apoio nas escrituras deve ser desconsiderado, e não deve ser crido.

Deixe-me ilustrar:

Digamos que amanhã um grupo de cientista afirme ter encontrado a cura para AIDS. Este grupo terá que provar por meio de testes e métodos usados que tal cura existe de fato, se eles não conseguirem provar, a tal afirmação sobre a cura deve ser desconsiderada.

Assim devemos agir com qualquer um que nos traga uma nova revelação ou um novo ensino, se não tiver a sua base nas escrituras pode desconsidera-lo como uma fonte digna de confiança, não importa quem seja a pessoa ou grupo/partido que esteja fazendo a afirmação o que importa é o que a Bíblia afirma sobre tal assunto.

Por: Andrezinho rupereta


[i]
Raciocínio a base das escrituras.

[iv] Credo dos Apóstolos.



Quatro palavras do Novo Testamento que significam pregar.
O Novo Testamento descreve a pregação usando mais de sessenta maneiras diferentes, porém reserva um lugar especial para quatro palavras. Ao escrever sobre elas, usarei a sua forma verbal, mas terei em mente outras palavras da mesma família. Por exemplo, quando uso kerusso (“pregar”), também tenho em mente kerygma (“a mensagem pregada”) e keryx (“um arauto”). Portanto, consideremos estas quatro palavras e vejamos de que forma elas nos ajudam a compreender o que é pregação. Talvez alguns de nós devamos nos preparar para uma surpresa!

(1) kerusso  
 
Nenhuma outra palavra que significa pregar é mais importante do que esta. Ela sempre nos ocorre quando falamos sobre pregação. É usada mais de sessenta vezes no Novo Testamento. Significa “declarar, como o faz um arauto”. Refere-se à mensagem de um rei. Quando um soberano tinha uma mensagem para seus súditos, ele a entregava aos arautos. Estes a transmitiam às pessoas sem mudá-la ou corrigi-la. Simplesmente transmitiam a mensagem que lhes havia sido entregue. Os ouvintes sabiam que estavam recebendo uma proclamação oficial.
O Novo Testamento usa este verbo para enfatizar que o pregador não deve anunciar sua própria mensagem. Ele fala como porta-voz de Outrem. A ênfase desta palavra está na transmissão exata da mensagem. O pregador não fala com sua própria autoridade. Ele foi enviado e fala com a autoridade daquele que o enviou. Palavras da família de kerusso são usadas para descrever a pregação de Jonas (Mt 12.41), de João Batista (Mt 3.1), de nosso Senhor Jesus Cristo (“proclamar” e “apregoar” — Lc 4.18b-19) e de seus apóstolos (“pregador” — 1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11).

(2) euangelizo

Esta é a palavra da qual obtivemos a nossa palavra “evangelizar”. O verbo grego significa “trazer boas notícias” ou “anunciar boas-novas”. Em Lucas 2.10, onde lemos que o anjo disse: “Eis aqui vos trago boa-nova...”, ele usou este verbo. Mas é importante observar que kerusso e euangelizo não significam algo totalmente diferente. Muitas pessoas abraçaram a ideia de que esses verbos falam sobre duas atividades separadas. Apegaram-se a esta ideia sem estudar as Escrituras, para saber o que elas dizem a respeito do assunto. Assim, desenvolveram pontos de vista errados quanto à pregação.
Precisamos considerar com atenção Lucas 4.18-19. Estes versículos descrevem nosso Senhor falando na sinagoga de Nazaré, a cidade da Galiléia na qual Ele fora criado. Nosso Senhor começou a sua mensagem lendo o profeta Isaías. Ele escolheu uma passagem que, centenas de anos antes, predissera o seu ministério. Não há dúvida de que sua leitura ocorreu em língua hebraica, mas Lucas narrou o acontecimento usando a língua grega.No versículo 18a, “evangelizar” é uma forma do verbo euangelizo, enquanto nos versículos 18b e 19, “proclamar e anunciar” são formas do verbo kerusso. Nosso Senhor usou ambos os verbos para descrever seu ministério. Ao fazer um, Ele fazia também o outro. “Proclamar” é “evangelizar”, que, por sua vez, é “proclamar”!
“Evangelizar” pode até ser usado em referência a algo que fazemos aos crentes! Isto pode ser visto, por exemplo, em Romanos 1.15. Depois de saudar os seus leitores, que eram crentes, no versículo 7, e de apresentar as informações dos versículos 8-14, Paulo continuou: “Quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros que estais em Roma”. A expressão “anunciar o evangelho” é uma tradução do verbo euangelizo. Paulo iria a Roma para evangelizar aqueles que já eram convertidos! É tempo de pensarmos novamente a respeito de como usamos nossas várias palavras que expressam a ideia de pregar.

3) martureo

Este verbo significa “dar testemunho dos fatos”. Hoje, porém, quando os crentes falam sobre testemunhar, o que eles geralmente querem dizer? Com frequência, usam esta palavra a fim de descrever aqueles momentos em que contam aos outros sua experiência pessoal com o Senhor. Na Bíblia, martureo não é usado dessa maneira, em nenhuma ocasião. Muito frequentemente, esse verbo é usado ao dar testemunho no tribunal. Em outras ocasiões, martureo é usado com o sentido de invocar a Deus (ou mesmo pedras) para testemunhar algo. Esse verbo se refere completamente à objetividade, e não à subjetividade; refere-se a contar às pessoas fatos e acontecimentos, e não os meus sentimentos ou o que aconteceu a mim.
Quem já tomou tempo para estudar a Septuaginta (a antiga tradução grega do Antigo Testamento) sabe que as afirmações do parágrafo anterior são verdadeiras. Um estudo do Novo Testamento nos leva rapidamente à mesma conclusão. No relato de João, quando a mulher samaritana usou martureo (“anunciara” — Jo 4.39), ela se referiu ao conteúdo de uma conversa. Em 1 João 1.2, quando o apóstolo empregou martureo (“damos testemunho”), ele falava do que vira e ouvira. Em Atos 26.5, quando Paulo usou martureo (“testemunhar”), ele o fez porque estava apelando a um testemunho diante de uma corte.
Mas, ao estudarmos esta palavra, existe uma passagem que é sobremodo relevante. A passagem é Lucas 24.44-48. Nestes versículos, nosso Senhor ressuscitado está dizendo aos discípulos o que deveriam fazer. Deveriam sair por todo o mundo pregando (kerusso) o arrependimento e a remissão dos pecados (v. 47 — “pregasse”) e sendo testemunhas (uma palavra da família de martureo) dos grandes fatos do evangelho, que eles mesmos presenciaram (v. 48). Aqueles que proclamam dão testemunho; e aqueles que dão testemunho proclamam. E, se olhássemos Mateus 28.20, perceberíamos que os receptores da Grande Comissão também deveriam ensinar (didasko).
A que conclusão chegamos? Aprendemos que kerusso não é algo separado de euangelizo. Também aprendemos que kerusso não é algo separado de martureo. E agora temos aprendido que kerusso e martureo não são atividades divorciadas de didasko — nossa quarta grande palavra — à qual nos volveremos em seguida.
Por favor, observe: não estou dizendo que estas palavras são intercambiáveis. Estou mostrando que, ao fazermos algumas destas coisas, fazemos também as outras — visto que pregar inclui todas elas! Este é um argumento que não podemos enfatizar demais. Adiante, ressaltaremos novamente este argumento. Por enquanto, devemos considerar nossa quarta palavra.

4) didasko

Esta palavra significa “pronunciar em termos concretos o que a mensagem significa em referência ao viver”. É um erro grave separar kerygma (uma palavra da família de kerusso) de didache (uma palavra da família de disdasko). Não são apenas os teólogos eruditos que têm procurado fazer isso, pois há inúmeros crentes, em nossas igrejas, que fazem uma clara distinção entre uma “mensagem evangelística” e uma “mensagem doutrinária”. Logo falaremos um pouco mais sobre isso.
“Pronunciar em termos concretos o que a mensagem significa em referência ao viver” não deve ser um mero acréscimo à nossa pregação; deve ser uma parte da mensagem que proclamamos. Isto pode ser comprovado ao lermos Atos dos Apóstolos. Em Atos 5.42, lemos que os apóstolos não cessavam “de ensinar e de pregar” (didasko e euangelizo) a Jesus, o Cristo. Em Atos 15.35, lemos que Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia, “ensinando e pregando” (didasko e euangelizo), a palavra do Senhor. Em Atos 28.31, lemos que Paulo usou sua casa em Roma para pregar e ensinar (kerusso e didasko). Precisamos ser sensíveis ao vocabulário do relato inspirado. Quando alguém faz o que significa um desses verbos, essa pessoa está fazendo, ao mesmo tempo, o que significa algum outro deles!
Precisamos dizer mais do que isso. Se compararmos Atos 19.13 com Atos 19.8, veremos que Paulo, ao pregar (kerusso) em Éfeso, também “falava ousadamente, dissertando e persuadindo”. Desta maneira, Lucas nos mostra que, quando alguém prega (kerusso), está fazendo muito mais do que os outros três verbos expressam. Seguir esta linha de pensamento nos levaria a um estudo que vai além do escopo deste livro. Mas, antes de deixarmos Atos dos Apóstolos, devemos observar Atos 20.24-25. Nesta passagem, Paulo explicou aos presbíteros de Éfeso que dar testemunho solene do evangelho (“testemunhar” — uma palavra da família de martureo) foi algo que ocorreu enquanto ele esteve “pregando” (kerusso).

O que isto significa para nós

Estamos em perigo de dar muita atenção aos detalhes e não entender o que é realmente importante. Que argumento estamos, de fato, procurando estabelecer? É este: quando alguém prega, não importa o lugar em que esteja ou para quem está falando, está fazendo todas as quatro coisas que mencionamos. No Novo Testamento, não temos uma palavra que signifique pregar para o perdido e outra que signifique pregar para o salvo. Simplesmente não encontramos mensagens conhecidas como “mensagens doutrinárias”, enquanto outras são conhecidas como “mensagens evangelísticas”. Alguns leitores podem achar isto desagradável, mas não podemos alterar o que a Bíblia diz. A pregação, toda a pregação, envolve fazer quatro coisas de uma vez.
Se pudermos entender isso, muitas passagens das Escrituras nos atingirão de maneira diferente. Um bom exemplo é 2 Timóteo 4.1-5. Nestes versículos, Paulo escreveu suas palavras finais a alguém que, mesmo sendo jovem, já era um importante líder cristão. Paulo o instrui solenemente a pregar “a Palavra”! Nesse ponto, ele usou o verbo kerusso. Mas, por que Timóteo devia fazer isso? Por que viria o tempo em que as pessoas não suportariam a sã “doutrina” (uma palavra da família de didasko) e se cercariam de “mestres” (outra palavra da família de didasko). É óbvio que Paulo estava dizendo a Timóteo que pregar (kerusso) é a maneira de ensinar (didasko) a igreja e protegê-la do erro.
Mas isso não é tudo. Paulo exortou Timóteo a fazer o trabalho de um “evangelista” (uma palavra da família de euangelizo). É claro que Paulo queria dizer que, à medida que Timóteo pregasse (kerusso) e, consequentemente, ensinasse [didasko], deveria assegurar-se de que o verdadeiro evangelho (euangelizo) fosse mantido em primeiro plano. Assim, em um único parágrafo, vemos que três de nossas quatro palavras foram usadas para descrever a tarefa de Timóteo. Se ele era um verdadeiro pregador, não faria apenas uma dessas coisas e sim todas elas. Onde quer que encontremos a verdadeira pregação, várias coisas acontecem ao mesmo tempo.
Se não levarmos isso em conta, jamais seremos verdadeiros pregadores. Temos de nos livrar da ideia de que existem dois tipos de pregação: uma que é adequada ao não convertido e outra que é conveniente para o convertido. De agora em diante, temos de rejeitar o pensamento de que pregar para o perdido e pregar para o salvo são dois fenômenos distintos. Não devemos estabelecer uma divisão entre um tipo e outro de pregação. Toda pregação é uma proclamação da salvação (no pleno sentido desse termo) a homens e mulheres, rapazes e moças. É verdade que a audiência pode ser constituída de pessoas muito diferentes. É verdade que os não convertidos e os convertidos não têm as mesmas necessidades. Portanto, é verdade que a maneira como a Bíblia é aplicada pode variar consideravelmente. Mas não é verdade que a pregação ministrada aos não convertidos possui uma natureza diferente da pregação apresentada aos convertidos. A ideia de que há dois tipos distintos de pregação (e de que algumas pessoas são boas para um tipo de pregação; e outras pessoas são boas para outro tipo de pregação) está impedindo as pessoas de todos os lugares a entenderem o que é a verdadeira pregação.

Fonte: Livro Pregação Pura e Simples; Autor: Stuart Olyott; pg. 13-19. Editora Fiel.

Por: Andrezinho Rupereta.

O inverno as árvores e eu.

... Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.
Filipenses 1.6

Inverno que estação maravilhosa!

Você sabe o que eu acho lindo no inverno? Não!  As árvores.

Eu fico admirado com a sua transformação. Com a chegada do inverno, as árvores sofrem uma transformação brusca, suas folhas caem, e sua beleza se vai, ventos, temperaturas baixas e noites mais longas, parecem ser dias angustiantes para uma árvore. Sua aparência não é mais agradável, transmitindo uma idéia de que a sua vida está se extinguindo.

Mas, no inverno, que aparentemente é terrível para as árvores, algo está acontecendo, existe vida em seu interior, externamente não conseguimos perceber, mas lá dentro existe vida. Deus está trabalhando.

Com o passar dos dias, ela vai se adaptando, mesmos com um frio intenso, a vida começa a brotar e aquilo que era belo, e tornou-se horrível, novamente começa a se tornar algo singelo, e de uma beleza espetacular, a vida que estava em seu interior, começou a transformar novamente seu exterior, Deus continua trabalhando.

Assim como as árvores, existem tempos, em minha vida, que se parece com o inverno que as árvores enfrentam. Tempo em que o frio é intenso, e as noites se tornam longas, são tempos difíceis, como o das árvores, minhas folhas caem, deixando que meu interior seja visto. Não existe mais beleza, não existe mais glória, só existe a vida que Ele sustenta dentro de mim.

Ele continua agindo, Ele continua por pura graça e misericórdia, contribuindo para esta nova transformação.

O inverno pode ser longo, com temperaturas baixíssimas, porém ele é necessário, para que aja uma nova transformação, para que aja renovação, para que a vida existente em meu interior brote novamente de uma forma singela e bela.  E assim como uma árvore que no tempo correto nos prestigia com seus frutos, que eu também possa por meio DELE - gerar o fruto por Ele desejado.

Que venha o inverno, pois com ele virá um tempo de renovação.

Andrezinho rupereta.
Se você quer entender a teologia reformada logo terá que ler primeiramente João Calvino. Isso é um fato. O mesmo serve para outros grupos: Leia John Wesley para entender o metodismo. Leia Karl Barth para entender a neo-ortodoxia. Leia Tomás de Aquino para entender o catolicismo. Leia o(s) principal (is) teólogo (s) de um grupo para avaliá-lo. Assim deveria ser todo estudioso sério. Certo? Mas não para o teólogo fundamentalista John MacArthur Jr.

No livro O Caos Carismático [1] MacArthur apresenta o pentecostalismo como uma seita que nega a suficiência das Escrituras. Certamente é baseado em declarações de teólogos do movimento. Certo? Errado. Em nenhuma página do livro há um diálogo com o inglês Donald Gee, o pioneiro da teologia pentecostal. Outros teólogos importantes e formuladores do pensamento pentecostal como Myer Pearlman, Stanley M. Horton, Anthony D. Palma, Roger Stronstad, William H. Menzies sequer são mencionados em uma linha qualquer.

“É uma tremenda injustiça criticar o pentecostalismo brasileiro com base, apenas, no que vemos hoje. Para uma análise mais clara e coerente, deve-se avaliar toda a trajetória até aqui, ou seja,  seu surgimento com as Assembléias de Deus e o panorama atual incluindo  a aparição do neopentecostalismo.  Não me considero um pentecostal,  mas admito que o referido movimento deu grande contribuição para o crescimento evangélico brasileiro com a conquista da população periférica e marginalizada do nosso país, o que as igrejas tradicionais não fizeram. Como erros principais eu apontaria o legalismo provocado por uma ênfase nos usos e costumes que determinavam quem era ou não “crente de verdade” .  O outro é o forte denominacionalismo, o que não é privilégio somente dos pentecostais”.   Tiago Lino

É bem verdade que O Caos Carismático é um livro mais amistoso do que a edição mais antiga traduzida simplesmente por Os Carismáticos [2]. No segundo livro, MacArthur já usa a expressão “carismáticos radicais” parecendo indicar que ele acredita em carismáticos moderados. É evidente que há muita bizarrice no meio pentecostal, mas é necessário muito cuidado na retratação do grupo, pois ao contrário do que afirma MacArthur, no pentecostalismo clássico as manifestações bizarras são a exceção e não a regra.

Cadê os teólogos pentecostais?

O único teólogo pentecostal mencionado no livro é Gordon D. Fee, importante hermeneuta que leciona no Canadá. Isso porque Fee faz uma importante autocrítica ao pentecostalismo na sua expressão popular, e não necessariamente na teologia. Fee também tem uma visão próxima de John Stott sobre o Batismo no Espírito Santo. Fee é o teólogo pentecostal não fechado com a confissão de fé assembleiana na questão do Batismo. Só por isso mereceu uma menção honrosa no livro.

Benny Hinn não é representante da teologia pentecostal. Kenneth Erwin Hagin colocado no mesmo barco de Donald Gee é um verdadeiro crime contra a lógica e a honestidade. Imagino Orlando Boyer, pioneiro do pentecostalismo norte-americano no Brasil, vendo o crescimento das megas-igrejas com pregação de autoajuda. Boyer ficaria espantado e jamais aceitaria uma associação a esse grupo! Assim como todos os pregadores sérios do meio pentecostal.

Na década de 1990, com o crescimento da Teologia da Prosperidade no Brasil, alguns livros apologéticos surgiram para combater o Movimento da Fé. Os livros Evangelho da Nova Erade Ricardo Gondim; SuperCrentes e Evangélicos em Crise de Paulo Romeiro demarcaram as críticas contra as heresias nascentes do neopentecostalismo. Ambos os autores são de tradição carismática. Outros nomes como Ricardo Bitun, Esequias Soares, Natanael Rinaldi também se destacaram pelo combate a esses modismos. 

Detalhe: todos são pentecostais! Não é exagero afirmar que o cerne do movimento apologético da década de 1990 estava entre os estudiosos pentecostais.

Todos iguais?

O mundo pentecostal não é homogêneo. Por exemplo, qual é a imagem que você pensa de um jovem assembleiano? Talvez a figura seja a caricatural, mas jamais passaria na sua cabeça o The Jonas Brothers. Mas a banda pop boy band é formada pelos irmãos Jonas que são filhos do pastor Paul Kevin Jonas, ordenado pelas Assembleias de Deus de Wyckoff, New Jersey. A uniformidade não existe no pentecostalismo, nem nos costumes, menos ainda na sua teologia.
Você teria coragem de comparar David Wilkerson, um homem que chora quando fala das heresias propagadas pela Confissão Positiva, com o bizarro e confuso Benny Hinn? Ambos saíram das Assembleias de Deus e continuam carismáticos, mas em caminhos totalmente diferentes. Na Times Square Church, fundada por Wilkerson, jamais você verá as manifestações da Bênção de Toronto, mas na igreja independente de Benny Hinn as bizarrices já são parte da liturgia.

Os pentecostais não creem na suficiência das Escrituras?

Graças ao bom Deus que a crença na contemporaneidade dos dons espirituais não é hoje exclusividade dos pentecostais. O neocalvinismo de Mark Driscoll, por exemplo, possui os dons como parte de suas doutrinas. Como cessacionista que é, MacArthur não acredita no exercício dos dons para os nossos dias e acusa os pentecostais de desprezarem a suficiência das Sagradas Escrituras.

Será? Ora, nenhuma profecia, revelação, sonho ou qualquer manifestação carismática pode ser colocada no mesmo patamar das Escrituras. As profecias são subordinadas à Palavra de Deus. Se uma profecia tenta substituir um princípio bíblico ou mesmo acrescentar uma nova “verdade”, logo deve ser desprezada! É assim que os pentecostais creem. É assim que aprendi lendo pentecostais. É assim que aprendi com Donald Stamps que comentando 1 Co 14.31 escreveu:

A profecia do tipo descrito nos capítulos 12 e 14, porém, não tem inerente em si a mesma autoridade ou infalibilidade que a inspirada Palavra de Deus. Embora provenha do impulso do Espírito Santo, esse tipo de profecia nunca poderá ser considerada inerrante. Sua mensagem sempre estará sujeita à mistura e erros humanos. Por isso a profecia da igreja nunca poderá ser equiparada com as Sagradas Escrituras. Além disso, a profecia em nossos dias não poderá ser aceita pela igreja local até que seus membros julguem o seu conteúdo, para averiguar a sua autenticidade. A base fundamental desse julgamento é a Palavra de Deus escrita: isto é, a profecia está de conformidade com a doutrina apostólica? Toda experiência e mensagem na igreja devem passar prelo crio da Palavra de Deus escrita.[3]

Por que descrever as bobagens pregadas por Benny Hinn e esquecer esse belo tratado da suficiência das Escrituras escrita por um estudioso pentecostal? 

O pioneiro da teologia pentecostal Donald Gee escreveu:

Existem graves problemas sendo levantados pelo hábito de dar e receber “mensagens” pessoais de orientação por meio dos dons do Espírito [...] A Bíblia dá lugar para tal direção vinda do Espírito Santo [...] Tudo isso, porém, deve ser mantido na devida proporção. O exame das Escrituras mostrará que, de fato, os primeiros cristãos não recebiam continuamente tais vozes do céu. Na maioria dos casos, eles tomavam suas decisões pelo uso do que normalmente chamamos “sendo comum santificado” e viviam normalmente. Muitos de nossos erros na área dos dons espirituais surgem quando queremos que o extraordinário e o excepcional sejam transformados no frequente e no habitual. Que todos os que desenvolvem desejo excessivo pelas “mensagens” possam aprender com os enormes desastres de gerações passadas e com nossos contemporâneos [...] As Sagradas Escrituras é que são a lâmpada nossos passos e a luz que clareia o nosso caminho. [4]

A suficiência das Escrituras [5] lembra que a Bíblia contém a revelação completa de Deus para a salvação do homem. Como lido acima esse é um ponto importante para os teólogos pentecostais. A Bíblia é suficiente, mas então por que os pentecostais acreditam em profecias e revelações? Ora, porque essas mensagens não são acréscimos das Escrituras e nem a sua contradição. É necessário entender a natureza da “revelação”.

Novas revelações? Os pentecostais acreditam em um cânon aberto? Creem em novas verdades?

Quanta injustiça com o pentecostalismo! Só porque alguns tele-evangelistas famosos falam bobagens nos meios de comunicação e assim todos os pentecostais pegam a fama. O teólogo assembleiano John R. Higgins escreveu sobre revelações no pensamento pentecostal:

É importante manter juntas a Palavra escrita de Deus e a iluminação do Espírito Santo. O que o Espírito ilumina é a verdade da Palavra de Deus, e não algum conteúdo místico oculto nessa revelação. A mente humana não é deixada de lado, mas vivificada à medida que o Espírito Santo elucida a verdade. ‘A revelação é derivada da Bíblia, e não da experiência, nem do Espírito Santo como uma segunda fonte de informação paralela à Escritura e independente desta’. Nem sequer os dons de expressão vocal, dados pelo Espírito Santo, têm a mínima igualdade com as Escrituras, pois eles também devem ser julgados pelas Escrituras (1 Co 12.10; 14.29; 1 Jo 4.1). O Espírito Santos nem altera nem aumenta a verdade da revelação divina dada nas Escrituras; Estas servem como padrão objetivo necessário e exclusivo através das quais a voz do Espírito Santo continua a ser ouvida.[6]

Portanto, não deve existir uma verdade nova que já não tenha sido revelada pelas Sagradas Escrituras. Os princípios são permanentes. O que mudará é a aplicação desses valores. Portanto, os pentecostais não acreditam em Cânon aberto, logo porque é um ultraje tal ideia. Mas isso não significa que os dons estejam inoperantes, como acima explicado.

Conclusão

O livro de John MacArthur Jr. merece mais algumas análises, mas que fique claro neste post: Todo aquele que estuda o Movimento Pentecostal e a sua teologia precisa evitar generalizações e dialogar com os seus teólogos. Portanto, por favor, desligue sua TV e leia livros escritos pelos pentecas! Só assim teremos uma discussão séria!

Referências Bibliográficas:
1 MACARTHUR, John. O Caos Carismático. 1 ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2011.
2 __________________Os Carismáticos. 1 ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2002.
3 STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. p 1763.
4 GEE, Donald. Spiritual Gifts in The Work of Ministry Today. 1 ed. Springfield: Gospel Publishing House, 1963. p 51.
5 Para um estudo completo sobre a Suficiência das Escrituras recomendo: GRUDEM, Wayne. O Dom de Profecia: Do Novo Testamento aos Dias Atuais. 1 ed. São Paulo: Editora Vida, 2004, p 335-351.
6 HORTON, Stanley M. (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p 119.
Fonte: Teologia Pentecostal
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