No final do século XIX, Spurgeon vislumbrou essa tendência de se trazer diversão para dentro da igreja. Na medida em que se alastrava A Controvérsia do Declínio, em 1889, a saúde de Spurgeon se tornava precária, e, por isso, ele deixou de pregar em vários domingos. Mas, em uma Quinta-feira à noite, no mês de abril, Spurgeon pregou, no Tabernáculo, uma mensagem na qual ele afirmou:

Creio não estar procurando erros onde o erro não existe; mas não consigo abrir os olhos sem ver coisas sendo feitas em nossas igrejas que, há trinta anos, não eram nem sonhadas. Em termos de diversão, os professos têm avançado no caminho do relaxamento. O que é pior, as igrejas agora pensam que sua responsabilidade é entreter as pessoas. Discordantes que costumavam protestar contra a ida a um teatro, agora fazem com que o teatro venha a eles. Muitos [templos de igrejas] não deveriam receber licença para exigir peças teatrais? Se alguém fosse sério em exigir obediência às leis, não teriam de obter uma licença para que suas igrejas funcionassem como teatros?

Tampouco ouso falar a respeito do que tem sido feito nos bazares, jantares beneficentes etc. Se esses fossem organizados por pessoas mundanas decentes, não poderiam alcançar melhores resultados? Que extravagância ainda não foi experimentada? Que absurdo tem sido grande demais para a consciência daqueles que professam ser filhos de Deus e que não são deste mundo, mas chamados a andar com Deus em vida de separação?

O mundo considera as altas pretensões de tais pessoas como hipocrisia; e, de fato, não conheço outro termo melhor para classificá-las. Imaginem aqueles que gostam da comunhão com Deus brincando de tolos, com roupas teatrais! Falam acerca do lutar com Deus na oração em secreto, mas fazem malabarismo com o mundo em uma jogatina irreconciliável. Será que isso está correto? O certo e o errado trocaram de lugar? Sem dúvida, existe uma sobriedade de comportamento que é coerente com a obra da graça no coração, e existe uma leviandade que indica que o espírito maligno está em supremacia.

Ah! Senhores, pode ter havido uma época em que os cristãos eram por demais precisos, mas não é assim em meus dias. Pode ter existido uma coisa espantosa chamada rigidez Puritana, mas eu nunca a vi. Agora estamos bem livres desse mal, se é que ele existiu. Já passamos da liberdade para a libertinagem. Ultrapassamos o dúbio e caímos no perigoso, e ninguém pode profetizar onde haveremos de parar. Onde está a santidade de Deus hoje?... Ela não passa de algo turvo, tal qual um paio que fumega; é mais um objeto de ridicularização do que de reverência.

Será que o grau de influência de uma igreja não pode ser medido por sua santidade? Se grandes hostes daqueles que professam ser cristãos fossem , quer em sua vida familiar, quer em seus negócios, santificados pelo Espírito, a igreja se tornaria uma grande potência no mundo. Os santos de Deus poderão lamentar juntamente com Jerusalém, ao perceberem que sua espiritualidade e santidade estão em níveis baixíssimos! Outros podem considerar isto como algo que não trará qualquer conseqüência; porém, nós o vemos como o irromper de uma lepra. [30]

Eis o desafio para a igreja de Cristo: “Purifiquemos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (II Coríntios 7:1). Não é a engenhosidade de nossos métodos, nem as técnicas de nosso ministério, nem a perspicácia de nossos sermões que trazem poder ao nosso testemunho. É a obediência a um Deus santo e a fidelidade ao seu justo padrão em nosso viver diário.

Precisamos acordar. O declínio é um lugar perigoso para ficarmos. Não podemos ser indiferentes. Não podemos continuar em nossa busca insensata por prazer e auto-satisfação. Somos chamados a lutar uma batalha espiritual e não poderemos ganhá-la apaziguando o inimigo. Uma igreja fraca precisa se tornar forte, e um mundo necessitado precisa ser confrontado com a mensagem da salvação; e talvez haja pouco tempo para isso. Como Paulo escreveu à igreja em Roma: “Já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz (Romanos 13:11,12).
        I.    A   soberania de Deus e Jacó.
Algo que me conforta em meio às crises e problemas que surgem em minha vida é fato da bíblia declarar a soberania de Deus. A soberania de Deus não me assusta, ela me conforta.
A soberania de Deus me traz paz, a soberania de Deus me enche de esperança, ainda que aparentemente minha situação seja uma situação difícil, sei que Ele está no controle da situação. Gosto muito desta verdade escrita pelo Apóstolo Paulo:

“Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor” Rm 14:8. NVI

Deus estabeleceu um propósito em seu coração, e fez uma promessa para Abraão, Deus declarou que faria de Abraão uma grande nação, quando Deus estabeleceu este propósito, Ele já tinha determinado que Jacó fizesse parte deste maravilhoso projeto.

O nascimento de Esaú e Jacó foi um milagre, sua mãe Rebeca era estéril, o nascimento de ambos é a resposta de Deus ao seu servo Isaque (Gn 25.21), o nascimento de ambos tem um propósito, surgirá de cada um deles uma nação (Gn 25.22-23). Deus desejou por algum motivo não esclarecido nas escrituras que o mais velho (Esaú) serviria o mais novo (Jacó) e assim foi estabelecido o propósito de Deus.
Somos parte do propósito eterno de Deus, o seu propósito está estabelecido, e Ele o cumprirá, observe o discurso de Paulo diante dos filósofos de sua época, ele é bem claro, ao anunciar o propósito eterno de Deus:

"O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas. Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas. De um só fez ele todos os povos, para que povoassem toda a terra, tendo determinado os tempos anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar. Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós. Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Também somos descendência dele.” Atos 17.24-28 NVI.

Para por um minuto e observe o que Paulo escreveu “Deus criou o mundo, deu a vida e as demais coisas, de um fez todos os povos, estabeleceu os lugares onde deveriam habitar, com um único objetivo para que o buscassem...”

Tenho uma pergunta para você:

Sua vida é uma resposta clara a este objetivo?




      II.         2-   Jacó o enganador.
a) Jacó foi escolhido para executar o propósito de Deus, mas ele não era perfeito, assim como eu e você, Jacó trazia dentro de si uma natureza pecaminosa, pois as escrituras declaram que “não há um justo se quer” (Sl 14.3; Rm 3.10).
Observemos algumas qualidades de Jacó:
Comecemos por seu nome Jacó significa literalmente “ele agarra o calcanhar ou ele age traiçoeiramente”, a idéia é alguém que vive enganando os outros.
Manipulador – Gn 25.29-34.
Mentiroso – Gn 27.18-24.
Astuto – Gn 27.35. (1-que sabe agir de maneira a angariar para si vantagens e a não se deixar enganar; esperto, matreiro, astucioso; 2-hábil para fazer maldades, esp. enganando outrem; astucioso, velhaco, finório)
Enganador – Gn 27.36.

b) O Senhor se apresenta a Jacó (Gn 28.10-19). Agora Jacó começa a conhecer o Deus de seu Avô e de seu Pai. Depois de uma experiência espetacular, a única coisa que Jacó pensou foi como tirar vantagens desta experiência, observe suas palavras “Se Deus... cuidar de mim; prover-me de comida e roupa e levar-me de volta em segurança... Ele será meu Deus” (Gn 28.20-21)

A vida de Jacó neste estágio pode muito bem representar o nosso cristianismo atual, um cristianismo, que a semelhança de Jacó, abraça Jesus colocando a mão dentro de seu bolso, para ver o quanto se pode lucrar dele.
Assim como Jacó agiu, existe em nosso cristianismo atual, lideres que por meio de suas experiências espetaculares, fazem disto, uma fonte de lucros, Pedro foi muito claro a este respeito:

“No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade.Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda.”  2Pedro 2.1-3

Tenho umas perguntas para você:

*Quais são suas intenções? Como você enxerga Jesus, Jacó depois de uma experiência maravilhosa enxergou o Deus de uma forma errada e partiu para uma barganha!

*Você enxerga o evangelho como uma fonte de lucro?

*Jesus é Senhor ou servo?


    III.           Jacó e a lei da semeadura. O mesmo tratamento que um dia ele dispensou a seu irmão e seu pai.
Existe um princípio universal estabelecido por Deus, este princípio chama-se Lei da Semeadura, ele esta explícito por toda escritura (Gn 2.16-17; Gn 3.1-8; Dt 30.1; 19-20; Gl 6.7-8; 1Co 6.10).

Jacó semeou engano, traição e mentiras e colheu engano, traição e mentira.
Observe estes episodio:
Jacó enganou seu irmão, Labão o enganou.
- Jacó trabalha sete anos por Raquel e recebe Lia. (Gn 29.25)
- Jacó trabalhava para Labão com honestidade e recebia dele engano e trapaças. (Gn 31.4-7)  

Jacó engana seu Pai, e seus filhos o enganam.
- Jacó é enganado por seus Filhos, alegando que José foi morto. (Gn 37.29-34)

*Somos responsáveis por nossas escolhas, aquilo que você semear, você terá de colher, isto é um fato, e cada escolha nos revela:

a)      Quem você éA revelação do seu caráter será revelada aqui.

b)      Onde estamos. Em Adão representante da desobediência, ou em Cristo representante da obediência e submissão a Deus.


c)       E o que cremos. O fato de estarmos em Cristo ou em Adão revela se de fato cremos no Evangelho.

    IV.            Encontros que mudam a nossa vida.
Todos sabem que a traição, e o engano, são atitudes terríveis para qualquer relacionamento, e isto não poderia ser diferente, no relacionamento de Jacó com Esaú. As conseqüências de seus atos foram inevitáveis, atos que fizeram brotar uma amargura tão profunda no coração de Esaú, que o levou a um desejo enorme de matar seu irmão, e Jacó teve que ir embora, morar com seu tio Labão, tendo que se afastar de seus pais, não foi uma opção, foram as suas atitudes errôneas, que o levaram a viver isolado da casa de seus pais.

Jacó sabia da amargura que existente no coração de seu irmão, e isto, tinha sido a causa da fuga de Jacó.  Jacó resolveu voltar para a casa de seus pais, mas ele tem plena consciência de seus erros, estes erros precisam ser concertados, o que podemos aprender desta situação:


*Verifique se existe possibilidade de uma conversa. (Gn 32.1-5)
1-      Envie uma mensagem, busque conhecer o coração daquele que se encontra machucado.

*Uma vez que você não saiba a resposta, não tire conclusões precipitada. (Gn 32.6-8)
1-      Por não sabermos a resposta devemos nos controlar – Jacó ficou com medo e angustiou-se.
2-      Conclusões precipitadas levam a atitudes precipitadas – Jacó formou dois grupos, pois imaginou a possibilidade de um ataque, por parte de seu irmão.

*Ore. (Gn 32.9.12)
1-      Tudo começa por Deus e termina com Deus.
Jacó dispôs-se a obedecer ao Deus de seu Pai e de seu Avô. (Gn 32.9; Gn 31.13)
2-      Coloque diante de Deus todo o conflito. (Gn 32.11)
3-      Confie nas promessas feitas por Deus. (Gn 32.12)
4-      Tome passos de fé. (Gn 32.13-21)
*Encontros que transformam.
1-      Deus lutará com você, para que aja uma transformação real em você. (Gn 32.24-32)
2-      Nestas lutas com Deus, você será transformado, de dentro (tocou na articulação de coxa) para fora (mancando por causa da coxa)
3-      Sempre espere o inesperado. (Gn 33.1-4)
A expectativa de Jacó era que seu irmão o ataca-se, mas onde, um dia existiu amargura, agora existe amor.

O amor sempre será a melhor resposta.

Esboço de nossa homilia, em serviço aos irmão que se reuniram como a igreja de  Jesus Cristo em São Vicente.
Andrezinho Rupereta


Aqui estamos novamente, para falarmos, de mais uma lenda urbana gospel, hoje nossa lenda urbana, é uma obra literária que foi (ou ainda é) um grande sucesso em nossa nação brasileira. Como sempre algumas editoras evangélicas sensacionalistas e capitalistas, visando somente o lucro, não se importam com o conteúdo de suas obras literárias.

Se fossemos juntar, todos os relatos e visões sobre o inferno, todos com um pré-requisito imbatível “visões e relatos divinos”, teríamos em nossas mãos, uma obra literária muito confusa, pois em cada obra você teria uma descrição diferente do inferno, e todos sustentando que sua revelação é divina.  Faço das palavras do profeta Jeremias, minhas palavras “Eles estão profetizando para vocês falsas visões, adivinhações inúteis e ilusões de suas próprias mentes". Jr 14:14 NVI”.

A lenda urbana gospel de hoje, se encontra no livro “A Divina Revelação do Inferno”, da ministra Mary Baxter, que atua sobre tudo na área dos sonhos, visões e revelações[i]. Este livro segundo a referência feita em sua capa vendeu mais de seiscentas mil cópias. Eu mesmo presenciei alguns lideres incentivarem a leitura deste “maravilhoso livro”.

Eu creio que a bíblia é a divina revelação de Deus, tudo o que precisamos saber sobre salvação e perdição eterna, se encontra nas escrituras. Tudo aquilo que vier com um direito divino, deve ser aceito, com certa cautela. Nosso dever como cristão, e analisar aquilo que foi dito ou escrito, devemos seguir o exemplo dos irmãos bereanos, que analisavam aquilo que Paulo pregava, eles analisavam a pregação de Paulo com as escrituras.  

Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.
 At 17.11 NVI


Mary Baxter afirma que os registros de seu livro, são revelações que foram feitas por Jesus, ela diz:

“Como obreira de Deus, submeti-me ao comando de Nosso Senhor Jesus Cristo e registrei fervorosamente as coisas que me foram mostradas e reveladas por Ele.” [ii]

Será que estas revelações são realmente divina ou pura obra da imaginação?

Vamos dar uma olhada nas revelações divinas descritas por Mary Baxter, não se espante com tais revelações (risos).

1-      No Inferno descrito por Mary Baxter existem ratos e serpentes descomunais[iii].

“Logo no início comecei a ver enormes serpentes, ratos descomunais e muitos espíritos malignos, que fugiam logo que percebiam a presença do Senhor.” [iv]


2-      No Inferno descrito por Mary Baxter existe até caixão.

“Vendo mais perto, percebi que era um CAIXÃO e que as figuras eram demônios que marchavam cantando e rindo. Cada um deles tinha uma lança pontiaguda na mão e a introduziam dentro do CAIXÃO através de uma pequena abertura” [v]

“não há esperança, não há esperança! O grito vinha do homem que estava dentro do CAIXÃO” [vi]

“Fomos para onde estava o CAIXÃO” [vii]

“Enquanto eu estava olhando, os demônios espetavam suas lanças dentro da pobre alma no CAIXÃO” [viii]

3-      No Inferno descrito por Mary Baxter existe estante, papeis e tela igual às de cinema.

“Uma ESTANTE alta foi trazida para perto de Satanás e lá havia muitos PAPÉIS. Ele pegou alguns e começou a ler para as mulheres” [ix]

“Percebi que Satanás dizia os dois homens que o acompanhavam: “olhem”, disse apontando para as cenas que passavam na parede. “Eu odeio a Deus e essas mulheres farão um excelente trabalho para mim”. Na TELA podia-se ver as mulheres... AS CENAS DE CINEMAS terminaram e Satanás desapareceu junto com os dois homens, envolto numa nuvem de fumaça”. [x]

4-      No Inferno descrito por Mary Baxter existe cadeira de balanço e celas.

“Em frente a terceira cela... estava uma mulher velha sentada numa CADEIRA DE BALANÇO, balançando e chorando copiosamente. Fiquei mais chocada ainda, por ser uma pessoa de verdade, com um corpo” [xi]

“A CELA era completamente vazia, só havia mesmo a mulher e a cadeira. AS PAREDES ERAM DE BARRO E A PORTA OCUPAVA TODA A PAREDE DA FRENTE DA CELA. Era feita de um metal escuro com BARRAS E UMA FECHADURA” [xii]

Dentre todas as revelações feitas por Mary Baxter, a revelação do CENTRO DE DIVERTIMENTOS do Inferno, foi a que mais me causou temor e espanto, pois pude perceber a que ponto podemos chegar, quando nos distanciamos da verdade revelada nas escrituras.

5-      No Inferno descrito por Mary Baxter existe um CENTRO DE DIVERTIMENTOS.

“Jesus me revelou-me que há um lugar no inferno chamado CENTRO DE DIVERTIMENTOS” [xiii]

“O CENTRO DE DIVERTIMENTOS é construído como uma arena de circo. As pessoas que vão servir de entretenimento são colocadas no centro. Todas serviram Satanás na Terra, são aquelas que por sua livre e espontânea vontade optaram por segui-los, praticando a magia negra, a feitiçaria, a adivinhação etc. Quando estavam na Terra, essas almas enganaram a muita gente, fazendo com que seguissem a Satanás e o pecado. Estes que foram ludibriados vêm a arena para se vingarem assistindo e participando de um espetáculo de tortura terrível. Eles são escalados, um a um, para atormentarem aqueles que os enganaram.” [xiv]

“um dos tormentos (neste centro de divertimentos) é espalhar os restos do corpo de cada um por várias partes do inferno, sempre queimando e provocando uma espécie de caçada demoníaca. As almas mutiladas sofrem dores terríveis. Os que estão do lado de fora da arena podem apedrejá-los e executar todos os mais inimagináveis métodos de tortura” [xv]

O tempo não me permite reescrever mais revelações, da extraordinária ministra Mary Baxter, por isto, escolhi uma revelação que fala sobre os tempos futuros como a última, onde ela relata o exército, que a Besta cria usando uma determinada máquina que muda o cérebro das pessoas, ela diz no capítulo dezoito:

“Num escritório havia um homem muito zangado com a besta. Ele pediu para falar com ela, na ante-sala, em voz alta. A besta apareceu e com muita cortesia o fez entrar e disse: “Posso ajudá-lo a resolver seus problemas”. Levou-o, então, para uma sala grande e pediu que se deitasse numa mesa. A mesa e a sala lembravam uma sala de emergência de hospital (isto tudo dentro do inferno). Deram-lhe uma anestesia e o transportaram para a máquina. A besta colocou alguns fios na cabeça do homem e fez a máquina funcionar. No alto dela estavam escritas as seguintes palavras “Esta máquina do cérebro pertence a besta, 666”  Quando removeram o homem da mesa, seus olhos estavam vazios e seus movimentos lembravam os de um zumbi... Ele era uma morto vivo... A besta o tinha tornado incapaz de sentir qualquer tipo de emoção... Todas essas coisas me foram reveladas pelo SENHOR JESUS CRISTO, numa visão aberta. As palavras são dele e referem-se ao final dos tempos” [xvi]

Não sei como você se sente. Eu quando li este livro, tive um misto de emoções, raiva por ter jogado meu dinheiro no lixo, pois só tenho esta definição para uma obra literária como esta, um LIXO. Eu me senti enganado, por alguém, que diz ter recebido tais revelações de meu querido Jesus. As revelações de Mary Baxter, nada mais são, que um delírio! Fruto de uma mente sem temor, sem respeito à pessoa de Nosso Senhor Jesus. As revelações de Mary Baxter não são divinas, elas são frutos de uma mente carnal, para não dizer diabólica, revelações que mostram Jesus como autor, contradizendo tudo aquilo que ele e seus apóstolos revelaram  sobre o Inferno e o final dos tempos.

Finalizo este pequeno texto, sobre a Lenda Urbana do Mundo Gospel “A Divina Revelação do Inferno” com estes dois versos que encontramos no Livro de Eclesiastes, onde podemos ler as seguintes palavras:

“Das muitas ocupações brotam sonhos; do muito falar nasce a prosa vã do tolo.  Em meio a tantos sonhos, absurdos e conversas inúteis, tenha temor de Deus.” Ec 5.3 e 7 NVI

Andrezinho rupereta



[i] A Divina Revelação do Inferno, pg.184.
[ii] Idem pg.181
[iii] Descomunal é 1 que não é comum; invulgar; 2 que apresenta proporções gigantescas; colossal, imenso
[iv] A Divina Revelação do Inferno, pg.53.
[v] Idem pg.57
[vi] Idem pg.57
[vii] Idem pg.57
[viii] Idem pg.57 e 58.
[ix] Idem pg.63
[x] Idem pg.64
[xi] Idem pg.70
[xii] Idem pg.71
[xiii] Idem 80
[xiv] Idem pg.80
[xv] Idem pg.80-81
[xvi] Idem pg.142 a 145.

Como era comum aos jovens da sua época, Jonathan Edwards escreveu uma lista de resoluções, comprometendo-se a viver uma vida TEOCÊNTRICA em harmonia com os outros. Esta lista, resumida neste artigo, foi escrita provavelmente no ano de 1722 e foi crescendo ao longo dos anos, quando novas resoluções eram acrescentadas.
A lista tem um total de 70 resoluções. Os trechos resumidos abaixo dão o exemplo da seriedade e firmeza com as quais Jonathan Edwards encarava a vida.

Estando ciente de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem a ajuda de Deus; humildemente Lhe rogo que, através de sua graça, me capacite a cumprir fielmente estas resoluções, enquanto elas estiverem dentro da sua vontade, em nome de Jesus Cristo.

RESOLVI que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante toda a minha vida.

RESOLVI que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar.

RESOLVI jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível.

RESOLVI jamais fazer alguma coisa que eu não faria, se soubesse que estava vivendo a última hora da minha vida.

RESOLVI jamais cansar de procurar pessoas que precisem do meu apoio e da minha caridade.

RESOLVI jamais fazer alguma coisa por vingança.

RESOLVI manter vigilância constante sobre a minha alimentação e aquilo que bebo, para ser sempre comedido.

RESOLVI jamais fazer alguma coisa que, se visse outra pessoa fazendo, achasse motivo justo para repreendê-la ou menosprezá-la.

RESOLVI estudar as Escrituras tão firme, constante e freqüentemente, que possa perceber com clareza que estou crescendo continuamente no conhecimento da Palavra.

RESOLVI esforçar-me ao máximo para que a cada semana eu cresça na vida espiritual e no exercício da graça, além do nível em que estava na semana anterior.

RESOLVI que me perguntarei ao final de cada dia, semana, mês, ano, como e onde eu poderia ter agido melhor.

RESOLVI renovar freqüentemente a dedicação da minha vida a Deus que foi feita no meu batismo e que eu refaço solenemente neste dia,12 de janeiro de 1722.

RESOLVI, a partir deste momento e até à minha morte, jamais agir como se a minha vida me pertencesse, mas como sendo total e inteiramente de Deus.

RESOLVI que agirei da maneira que, suponho, eu mesmo julgarei ter sido a melhor e a mais prudente, quando estiver na vida futura.

RESOLVI jamais relaxar ou desistir, de qualquer maneira, na minha luta contra as minhas próprias fraquezas e corrupções, mesmo quando eu não veja sucesso nas minhas tentativas.

RESOLVI sempre refletir e me perguntar, depois da adversidade e das aflições, no que fui aperfeiçoado ou melhorado através das dificuldades; que benefícios me vieram através delas e o que poderia ter acontecido comigo, caso tivesse agido de outra maneira.

Apesar da sua biografia apresentar contrastes dramáticos, estas são, na realidade, apenas algumas facetas diferentes de uma afinidade com um Deus SOBERANO. Assim, Jonathan Edwards tanto pregava sermões vívidos sobre o fogo do inferno, quanto se expressava em poesia e de forma lírica em suas apreciações sobre a natureza, pois o Deus que criou o mundo em toda a sua beleza, também é perfeito em sua santidade.

Edwards combinava o exercício mental e intelectual de um gigante com piedade quase infantil, pois ele percebia Deus tanto como infinitamente complexo quanto como maravilhosamente simples. Na sua igreja em Northampton, sua consistente exaltação da majestade divina gerou muitas reações diferentes — primeiro ele foi exaltado como grande líder e, em seguida, foi demitido do seu púlpito.

Edwards sustentava a doutrina de que o Deus onipotente exigia arrependimento e fé das suas criaturas humanas; por isso, ele proclamava tanto a absoluta soberania de Deus quanto as urgentes responsabilidades dos homens.
___________
(Mark Noll - Christian History, vol. 6, no. 4. Originalmente publicado em português pelo Jornal Os Puritanos, Ano I, Número 3, Agosto/1992).

Fonte: Revista Fé para hoje -Edição de número 23.






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