A Segunda Carta aos Coríntios é, acima de tudo, um livro de sofrimento. Ali vemos o servo de Deus, Seu vaso escolhido, passando por terríveis provas de fogo e sofrendo como, talvez, nenhum outro apóstolo ou servo do Senhor jamais tenha experimentado. O sofrimento está gravado no livro todo: sofrimento físico, mental e espiritual; alguns foram passageiros e outros permanentes. Mas ele mostra o motivo para esses sofrimentos ao dizer: "Levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a Sua vida se manifeste em nosso corpo" (4.10). Essa é a base de todo o ministério em vida. E preciso haver sofrimento e dor; é preciso haver a cruz, se a vida de Cristo tiver de ser manifestada. "De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida."

Sempre que houver um afastamento da cruz, uma fuga do Calvário, uma recusa do caminho da dor e do sofrimento, uma indisposição para pagar o preço e sofrer dor e perda, então haverá pobreza, morte, superficialidade e vazio que nada nos dará para ministrarmos aos filhos de Deus. "Que a morte nunca cesse de operar em mim, para que a vida também nunca cesse de fluir para os outros."

Qual é a explicação para a superficialidade e pobreza tão marcantes no ministério nestes dias? E porque os ministros mesmos experimentaram muito pouco. Eles deram um jeito de escapar da cruz sempre que Deus a ofereceu ou designou a eles. Sempre existe um meio de escape, outro caminho cujo preço não seja tão alto, um caminho inferior e não o caminho da cruz. Quão raros e poucos são os realmente ricos espiritualmente. E por quê? Porque seus sofrimentos não foram abundantes.

Os arranjos de Deus são perfeitos. Ele sabe que tipo de sofrimento cada um precisa: se é físico, material, mental ou espiritual. Quando Deus em Sua sabedoria os faz chegar a nós, porque vê que precisamos deles, regozijemo-nos e procuremos ver o Senhor neles. Vamos aceitá-los com alegria, reconhecendo que somos totalmente fracos e incapacitados para eles, mas que Ele é graciosamente capaz. Ele realmente é, e, na circunstância, nós O encontramos em Sua plenitude e suficiência. Conhecemos a Deus de forma real porque O encontramos fazendo em nós e por nós o que não podemos fazer. Assim somos capacitados a ministrá-Lo em vida aos outros, a edificar o Corpo, a espalhar vida - Sua vida - aonde quer que formos. Sempre que a morte estiver realmente operando em nós, então, e só então, é que a vida pode verdadeiramente fluir para os outros.
 

Colegas anciãos, este é o meu apelo a vocês: Pastoreiem o rebanho de Deus; cuidem dele com boa disposição e não de má vontade; não pelo o que vocês ganharão com isso, mas pelo desejo de servir ao Senhor. Não como tiranos, mas guiem o rebanho com o seu bom exemplo. 1PEDRO 5.1-3 Bíblia Viva.

Às vezes me sinto nostálgico ou para algumas pessoas, sou antiquado, lembro-me de uma época em que ser um pastor de uma igreja era algo que soava aos ouvidos de muitos como algo muito respeito. Hoje a função pastoral está quase que em extinção, quando digo função pastoral estou me referindo ao modelo bíblico promulgado por Jesus e seus apóstolos . A Igreja hoje e sinônimo de empresa, pastor virou administrador, membro se tornou investidor, ofertando para receber cem vezes mais, a bíblia se tornou a garantia do investimento.

Pedro detectou por inspiração do Espírito Santo que ao exercermos a função pastoral poderíamos cair em algumas destas tentações que surgem de dentro de nosso coração.

a- Devemos entender que o rebanho (igreja) pertence a Deus. Pastoreamos algo que nunca será nosso, nem nunca foi nosso, este é um grande perigo que pode surgir de nosso coração, tomar posse daquilo que não nos pertence.

b- Se você escolheu ou foi escolhido para pastorear o rebanho de Deus, que seja de boa vontade ou de boa disposição, não é uma obrigação, não deve ser pastor de má vontade, isto não agradará a ovelha como também não agradará o supremo PASTOR.

c- Não pastorei o rebanho de Deus por ganância, não veja o rebanho de Deus como sua fonte de lucro ou sonho. As pessoas precisam ser cuidadas e não exploradas, quem tem está intenção é um lobo devorador, sua intenção é somente se alimentar e para satisfazer sua fome ele não vacilará se for preciso que morra a ovelha! Haja como pastor de um rebanho e não como a um lobo devorador.

d- Não seja um tirano ou um dominador, quanto você chega a este ponto, você pode ter certeza, já quebrastes os princípios estabelecidos nos pontos anteriores. Cuide do rebanho de Deus, e o maior cuidado que você pode ter, para com o rebanho de Deus, é sendo um exemplo para este rebanho.

A saudade que me consome, quando será o dia em que verei uma nova geração de pastores, segundo o coração de Deus.


Deus nos abençoe.

Andrezinho rupereta



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