Introdução: Doença e saúde na história da redenção.
Devemos perceber a princípio que a doença física veio como resultado da queda de Adão, e as doenças são simplesmente parte da execução da maldição após a queda que finalmente conduzirá à morte física. Contudo, Cristo redimiu-nos dessa maldição quando morreu na cruz:
“certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou nossas doenças [...] e pelas suas feridas fomos curados” Is. 53.4,5.
Essa passagem refere-se tanto à cura física como espiritual que Cristo alcançou para nós, pois Pedro a cita para referir-se à nossa salvação:
“ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados” 1Pe. 2.24.
Mas Mateus cita a mesma passagem de Isaías com referência às curas físicas que Jesus realizou:
“Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes. E assim se cumpriu o que fora dito pelo profeta Isaías ‘Ele tomou sobre sinas nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças’” Mt.8.16,17.
Todos os cristãos provavelmente concordariam que na expiação Cristo alcançou para nós não somente a liberdade completa do pecado, mas também a completa liberdade das fraquezas e enfermidades físicas em sua obra de redenção. E todos os cristãos concordariam também que a posse completa e plena de todos os benefícios que Cristo ganhou para a nós não virão até que Cristo retorne: é somente “quando ele vier”(1co.15.23) que receberemos nosso corpo ressurreto perfeito. Assim acontece também com a cura física e com a redenção de nossas doenças físicas que vieram como resultado da maldição em Gênesis 3. A posse completa da redenção das enfermidades físicas não será nossa até que Cristo retorne a até que recebamos nosso corpo ressurreto[i].
Mas a questão que nos conforta com respeito ao dom de cura é se Deus pode de vez em quando conceder-nos uma antevisão ou uma amostra inicial da cura física que ele vai nos conceder plenamente no futuro. Os milagres de cura de Jesus certamente demonstram que às vezes Deus deseja conceder um antegosto parcial da saúde perfeita que será nossa eternamente. E o ministério de cura visto dos apóstolos e de outros na igreja primitiva também indica que ele era parte do ministério da era da aliança. Como tal, ele se encaixa no padrão mais amplo de bênçãos da nova aliança, muitas das quais ou todas fornecem amostras parciais das bênçãos do Reino, mas essas bênçãos “não são plenamente nossas”.

Os propósitos da cura.
 
Da mesma forma que com outros dons espirituais, a cura tem diversos propósitos. Certamente ela funciona como “sinal” para autenticar a mensagem do evangelho, a fim de mostrar que o Reino de Deus chegou. A cura também traz conforto e saúde aos que estão doentes e, por isso, demonstra o atributo de misericórdia de Deus para com os que sofrem. Terceiro, a cura equipa as pessoas para o serviço à medida que os impedimentos físicos para ministrar são removidos. Quarto, a cura provê oportunidade para Deus ser glorificado à medida que as pessoas vêem a evidência física de sua bondade, amor, poder, sabedoria e presença.
O que dizer do uso dos remédios?
Qual é a relação entre a oração e a cura, o uso de remédios e a capacidade dos médicos? Certamente devemos usar o remédio se ele estiver disponível, porque Deus também criou as substâncias na terra que podem ser usadas para fazer remédio com propriedades curativas. Assim, os remédios devem ser considerados parte da totalidade da criação que Deus considerou muito boa (Gn. 1.31). Devemos de bom grado usar remédios com ação de graças ao Senhor, pois “do Senhor é a terra e tudo o que nela existe” (Sl. 24.1). De fato, quando o remédio está disponível e recusamos usá-lo (em casos nos quais essa atitude [colocaria nós mesmos ou outros em perigo), então parece que estamos erroneamente pondo “à prova o Senhor”, o nosso Deus (cf.Lc. 4.12). Isso é semelhante ao caso de Satanás tentando Jesus para que saltasse do templo em vez de descer os degraus. Saltar, quando havia meios normais para descer do templo (degraus), seria pôr Deus “à prova”, exigindo assim que ele realizasse um milagre naquele exato momento. Recusar-se a usar um remédio eficaz, insistindo em que Deus realize um milagre em vez de buscar a cura servindo-se do remédio, é muito similar a isso.
Obviamente é errado confiar em médicos ou em remédios em vez de confiar no Senhor, o erro drasticamente cometido pelo Rei Asa: “No trigésimo nono ano de seu reinado, Asa foi atacado por uma doença nos pés. Embora a sua doença fosse grave, não buscou a ajuda do Senhor, mas só dos médicos. Então, no quadragésimo primeiro ano do seu reinado, Asa morreu e descansou com seus antepassados”(2Cr.16.12-13). Mas remédios são usados juntamente com a oração, então devemos esperar que Deus abençoe e que muitas vezes multiplique a eficácia dos remédios (cf.1Tm.5.23). Mesmo quando Isaías havia recebido do Senhor uma promessa de cura para o Rei Ezequias, ele disse aos servos de Ezequias para trazerem pasta de figos para aplicá-la (como uso medicinal) na úlcera do rei:
“Então disse Isaías: ‘Preparem um emplasto de figos’. Eles fizeram e o aplicaram na úlcera; e ele se recuperou” (2Rs.20.7).
Contudo, às vezes não há remédio apropriado disponível, ou o remédio não funciona. Certamente devemos lembrar que Deus pode curar em situações nas quais os médicos e os remédios não podem ( e é espantoso perceber a freqüência com que os médicos não conseguem curar, mesmo nos países onde a medicina está mais avançada). Além disso, pode haver muitas ocasiões em que uma doença não nos coloca a nós ou a outros num perigo imediato, mas decidimos pedir a Deus para curar nossa doença sem o uso de remédios simplesmente porque desejamos outra oportunidade de exercitar a nossa fé e de lhe dar glória, ou talvez porque desejamos evitar gastar tempo e dinheiro em recursos médicos, ou ainda desejamos evitar os efeitos colaterais que alguns remédios produzem. Em todos esses casos, trata-se unicamente de uma questão de escolha pessoal que não parece colocar Deus “à prova”. (Contudo, a decisão de não usar remédio nesses casos deve ser uma escolha pessoal, e não uma imposição sobre outros.)
O NT mostra métodos comuns usados na cura?  
Os métodos usados por Jesus e seus discípulos de trazer cura variavam de caso para caso, mas mais muitas vezes incluíam a imposição de mãos. Sem dúvida Jesus poderia ter dado uma ordem com uma palavra poderosa e ter curado todas as pessoas doentes numa multidão instantaneamente, mas, em vez disso, “ele os curou,impondo as mãos sobre cada um deles”Vem e impõe a tua mão sobre ela, e ela viverá” (Mt. 9.18). (Lc. 4.40). A imposição de mãos parece ter sido o meio mais importante que Jesus usou para curar, porque, quando lhe vinham e lhe pediam cura, elas não pediam simplesmente que ele orasse, mas diziam, por exemplo: “
Outro símbolo físico do poder do Espírito Santo para curar era a unção com óleo. Os discípulos de Jesus “expulsaram muitos demônios e ungiam muitos doentes com óleo, e os curavam” (Mc. 6.13). E Tiago diz aos presbíteros da igreja para ungir o doente com óleo enquanto oravam: “Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado” (Tg.5.14-15).
O NT freqüentemente enfatiza o papel da fé no processo da cura – algumas vezes a fé da pessoa doente (Lc. 8.48; 17.19), outras vezes a fé dos que trazem o doente para ser curado. Em Tiago 5.15 são os presbíteros que oram, e Tiago diz que é “a oração feita com fé” que salva a pessoa doente – essa, então, deve ser a fé dos presbíteros orando, não a fé daqueles que está doente. Quando os quatros homens baixaram a cama do paralitico através de um buraco no telhado até onde Jesus estava pregando, lemos: “Vendo a fé que eles tinham...” (Mc. 2.5). Em outras ocasiões Jesus menciona a fé da mulher Cananéia com respeito à cura de sua filha (Mt. 15.28) ou do centurião na cura do seu servo (Mt.8.10-13).
Como então devemos orar por cura? 
Como então devemos orar com respeito as nossas doenças físicas? Certamente é correto pedir a Deus por cura, pois Jesus nos diz para orar: “livra-nos do mal” (Mt.6.13), e o apóstolo João escreve a Gaio: “Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma” (3Jo.2). Além disso, Jesus muitas vezes curou a todos os que lhe eram trazidos, e nunca despediu pessoas dizendo-lhes que era bom que permanecessem doentes por longo tempo! Jesus revela o caráter de Deus Pai para nós, e seu exemplo de cura cheia de compaixão exibe claramente a vontade de Deus na doença e na cura dela. Além disso, sempre que tomamos qualquer espécie de remédio ou procuramos qualquer ajuda médica para a nossa enfermidade, por essas ações admitimos que pensamos ser vontade de Deus procurarmos ficar livre da doença. Se pensássemos que Deus quer que continuemos doentes, nunca buscaríamos ajuda médica para cura! Assim, quando oramos parece correto pressupor primeiramente, a menos que tenhamos uma razão específica para pensar correto pressupor primeiramente, a menos que tenhamos uma razão específica para pensar de forma diferente, que Deus se agrada em curar a pessoa por quem oramos – até onde possamos dizer com autoridade da Escritura que essa é a vontade revelada de Deus.
Como, então devemos orar? Certamente é correto pedir a cura para Deus, e devemos nos aproximar dele com pedido simples para que ele dê saúde física em tempo de necessidade. Tiago nos adverte de que a simples incredulidade pode conduzir à falta de oração e à ausência de respostas às nossas orações: “Não tem, porque não pedem” (Tg.4.2). Mas quando oramos pedindo cura precisamos lembrar que devemos orar a Deus para que ele seja glorificado na situação, quer ele resolva curar ou não. E também devemos orar com a mesma compaixão que Jesus sentiu por aqueles por quem orou. Quando oramos assim, Deus às vezes – e talvez em muitas ocasiões – concede respostas às nossas orações.
Alguém pode argumentar neste momento que, da perspectiva pastoral, muitas pessoas são prejudicadas quando são encorajados a crer que um milagre de cura vai ocorrer e nada acontece – o desapontamento com a igreja e a ira contra Deus podem ser o resultado. Os que oram para pessoas serem curadas hoje precisam ouvir essa objeção e usar de sabedoria para saber o que dizer às pessoas que estão doentes.
Mas também precisamos perceber que há mais de uma espécie de erros cometidos: 1-Não orar por cura de forma alguma não é a solução correta, pois envolve desobediência ao ensino de Tiago 5.2; 2-Dizer às pessoas que Deus raramente cura hoje em dia e que não devem esperar nada acontecer também não é a solução correta, pois não proporciona uma atmosfera propícia para a fé e não está de acordo com o padrão que vemos no ministério de Jesus e da igreja primitiva do NT; 3-Dizer às pessoas que Deus sempre cura hoje se tivermos bastante fé é um ensino cruel que não tem apoio da Escritura.
A solução pastoral sábia, ao que parece, está entre os pontos 2 e 3 mostrados anteriormente. Podemos dizer às pessoas que Deus muitas vezes cura hoje (se crermos que isso é verdade) e que é muito possível que elas venham ser curadas, mas que estamos ainda vivendo em uma era em que o Reino de Deus “já” está presente aqui, mas “não está ainda” plenamente. Portanto, os cristãos nesta vida vão experimentar cura (e muitas outras resposta à oração), mas também poderão sofrer com a continuidade da doença e até a morrer. Em cada caso o individual é a sabedoria soberana de Deus que decide o resultado, e o nosso papel é simplesmente pedir-lhe e esperar sua resposta (seja “sim”ou”não”, ou “permaneça orando e esperando”).
Os que possuem “dons de curar” (uma tradução literal do plural de 1co.12.9,28) são os que observam que suas orações por cura são respondidas mais freqüentemente e de maneira mais completa que as dos outros. Quando isso se torna evidente, uma igreja mostra ser sábia quando os encoraja nesse ministério e lhes dá oportunidade para orar por outros que estão doentes. Devemos também perceber que os dons de curar podem incluir um ministério não somente em termos de cura física, mas também em termos de cura emocional. E, às vezes, podem incluir a capacidade de libertar pessoas do ataque demoníaco, pois isso também é chamado “cura” em algumas passagens da Escritura (v.Lc 6.18; At 10.38). Talvez os dons que demonstram capacidade de orar eficazmente em diferentes espécies de situações e por diferentes espécies de necessidades são ao que Paulo referiu-se quando usou a expressão no plural “dons de curar”.
Mas o que acontece se Deus não curar?
Devemos compreender, no entanto, que nem todas as orações pedindo cura serão respondidas nesta era. Nem sempre Deus vai conceder uma “fé” especial ( Tg.5.15) que ocasionará a cura, e às vezes Deus resolve não curar por causa de seus propósitos soberanos. Nesses casos devemos lembrar que Romanos 8.28 é ainda verdadeiro: embora experimentemos os “sofrimentos atuais”, e se é certo que “gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm.8.18,23), ainda assim “sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos foram chamados de acordo com o seu propósito” (Rm.28). Isso também inclui as circunstâncias de sofrimentos e enfermidades. Durante tais situações podemos ser encorajados pelos exemplos de Paulo e de outros que, embora experimentassem milagres dramáticos, também experimentaram circunstâncias de doenças e sofrimentos (cf. 2co 4.16-18; 12.7-9; Fp. 2.25-27; 1tm 5.23; 2tm 4.20).
Quando Deus resolve não curar, ainda que lhe peçamos por cura, então é o correto dar “graças em todas as circunstâncias” (1Ts 5.18; cf. Tg 1.2-4) e perceber que Deus pode usar a doença para aproximar-nos mais dele e para aumentar nossa obediência à sua vontade. Assim, o salmista pode dizer:
Foi-me bom ter eu passado pela a aflição, para que aprendesse os teus decretos”
Salmos 119.71 ARA

“antes de ser afligido andava errado, mas agora guardo a tua palavra”
Salmos 119.67 ARA.
Portanto, Deus pode aumentar nossa santificação valendo-se da enfermidade e do sofrimento - exatamente como ele pode trazer santificação e crescimento na fé por meio da cura miraculosa. Mas a ênfase do NT, tanto no ministério de Jesus como no ministério dos discípulos em Atos, parece ser a de encorajar-nos, na maioria dos casos, à vida e honestamente procura cura em Deus, e a seguir continuar a confiar nele para produzir o bem no meio da situação, concedendo cura física ou não. O importante é que em tudo Deus receba glória e que nossa alegria e confiança nele possam aumentar.

Texto retirado do “Manual de Teologia Sistemática – uma introdução aos princípios da fé cristã.” Paginas 459 -463; Editora Vida- www.editoravida.com.br

Andrezinho Rupereta



[i] Quando as pessoas dizem que a cura completa está “na expiação”, a afirmação é verdadeira em um sentido supremo, mas ela realmente não diz nada a respeito de quando receberemos “a cura completa” (ou mesmo parte dela).

"Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão.Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. " 
1Co. 15.2-4 NVI

"Creio em Jesus Cristo ... (que) padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia ..."  Parte do Credo Apostólico.


"Senhor Jesus Cristo ...  feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras ..."  Parte do Credo de Niceno

Notas:
O Credo Apostólico, o mais conhecido dos credos, é atribuído pela tradição aos doze apóstolos. Mas os estudiosos acreditam que ele se desenvolveu a partir de pequenas confissões batismais empregadas nas igrejas dos primeiros séculos.

O Credo Niceno deriva-se do credo de Nicéia (composto pelo Concílio de Nicéia (325 AD), com pequenas modificações efetuadas pelo Concílio de Calcedônia (451 AD) e pelo Concílio de Toledo (Espanha, 589 AD). Este credo expressa mais precisamente a doutrina da Trindade, contra o arianismo.

Andrezinho rupereta


  

Por Norman Geisler

Através dos séculos, os cristãos ortodoxos sempre confessaram o credo dos apóstolos: “Creio na ressurreição da carne”. Esta confissão de fé na ressurreição “carnal” dos crentes é fundamentada na fé da ressurreição do corpo de Cristo.

Apesar da convicção inabalável da igreja histórica na ressurreição da carne, existem, em nossos dias, alguns que se julgam ortodoxos, mas não aceitam esta doutrina. No passado, também houve aqueles que se apartaram dessa confissão pregada pelo cristianismo apostólico, negando a realidade da ressurreição. Hoje, igualmente, alguns continuam sendo tentados a mudar de rumo negando a materialidade da ressurreição. O que nos chama a atenção nisso tudo é que os tais não têm dificuldades em pregar uma “tumba vazia” enquanto, de forma irônica, negam que um corpo material (carnal) possa ter emergido dela. Em resumo, enquanto negam a materialidade da ressurreição, confessam sua objetividade, e, baseados nesta confissão, concluem que detêm uma fé bíblica.

Existem acadêmicos que realmente acreditam que Jesus deixou para trás uma tumba vazia, entretanto, o corpo de sua ressurreição foi invisível e imaterial em sua natureza. Distorcem os ensinamentos do apóstolo Paulo e ensinam que “o corpo futuro (ressurreto) dos crentes não será carnal, mas unicamente um corpo espiritual”.
1 O professor E. Glenn Hinson concorda que Paulo foi convencido de que o Cristo que lhe apareceu no caminho de Damasco pertenceu a outra ordem de existência, diferente daquela que os discípulos conheceram em carne. “O Cristo ressurreto não possui um corpo físico, mas um corpo espiritual”.
2 O acadêmico Murray Harris, da Trinity Evangelical Divinity School, é outro exemplo deste deslize teológico. Ele é categórico em dizer que: “depois da ressurreição de Jesus o estado essencial de seu corpo era de invisibilidade e imaterialidade”.
3 Harris ainda acrescenta que o corpo de ressurreição dos cristãos “não será carnal de forma alguma”.
4 De acordo com esta concepção, o corpo ressurreto de Jesus não era o mesmo corpo físico que Ele possuiu antes de sua morte, mas uma espécie de segunda incorporação.

Perguntamos: Seria justo classificar essas pessoas de “hereges”, simplesmente porque afirmam que Jesus não ressuscitou no mesmo corpo físico no qual morreu? Qual é a importância de pregar que Jesus ascendeu ao céu com um corpo físico? Não bastaria apenas concordar que de fato Ele ressuscitou, que sua tumba está vazia e que Ele venceu o poder da morte? A resposta para estas questões encontra respaldo em elementos históricos e teológicos. Vejamos:

A confissão da igreja cristãAntes de qualquer coisa, não há como negar a contundência confessional da igreja cristã. A igreja não apenas sempre afirmou a imortalidade do corpo da ressurreição, mas também sua materialidade.

A igreja sempre concordou com o apóstolo Paulo de que o corpo da ressurreição é um corpo “espiritual”, ou seja, um corpo dirigido pelo espírito, porém, jamais negou que fosse também um corpo material. Isto está de acordo com o que o apóstolo ensina: “Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual” (1Co 15.44).

O testemunho apostólico Desde o princípio, a igreja cristã confessou que o corpo físico de Jesus foi elevado ao céu. Esta convicção está baseada em várias referências explícitas do Novo Testamento e em vastas evidências tangíveis.

O próprio Jesus disse que o corpo no qual ressuscitou era de “carne e ossos” (Lc 24.39). Falando sobre a ressurreição de Cristo, Pedro insistiu neste assunto ao pregar que a “carne dele (Jesus) não viu a corrupção” (At 2.31). Escrevendo posteriormente sobre a ressurreição, João declarou que Jesus veio [e permaneceu] em carne” (1Jo 4.2. Cf. 2Jo 7).

O corpo que emergiu da tumba na manhã pascal foi visto por aqueles que duvidaram (Mt 28.17), foi ouvido por Maria (Jo 20.15,16), e até mesmo abraçado pelos discípulos (Mt 28.9) em muitas ocasiões depois da ressurreição. Além disso, Jesus se alimentou pelo menos quatro vezes após sua ressurreição (Lc 24.30; 24.42,43; Jo 21.12,13).
Ele também mostrou as cicatrizes de sua crucificação quando desafiou Tomé, dizendo: “Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente” (Jo 20.27).

O testemunho Pré-Niceno
Seguindo o testemunho apostólico, o testemunho Pré-Niceno (isto é, anterior ao concílio de Nicéia, registrado no ano 325 d.C.), também evidencia a crença na ressurreição da carne.
Um dos pais da igreja, Justino Mártir (100-165 d.C.) disse claramente: “A ressurreição é a ressurreição da carne que morre”.5 Em relação àqueles que insistem que Jesus ressuscitou apenas espiritualmente, dizendo que seu corpo tinha somente uma “aparência” de carne, Justino declarou que “tais pessoas buscam privar a carne da promessa”.6
Justino até relaciona que a ascensão de Cristo aponta que é possível “a carne ascender ao céu”.7
Tertuliano (160-230 d.C.) declarou que a ressurreição da carne é uma “regra de fé” para a igreja quando disse que isto foi “ensinado por Cristo” e somente negado por hereges.8
Em seu tratado, “A ressurreição do corpo”, Tertuliano comenta sobre um professor cristão do segundo século, Athenagoras, que havia chegado à conclusão de que “o poder de Deus é suficiente para ressuscitar corpos mortos, e este poder é mostrado pela criação destes mesmos corpos [...] Se quando os corpos físicos não existiam, Deus os criou em sua primeira formação, com seus elementos originais, Ele (Deus) poderá, quando estes corpos se dissolverem, de qualquer maneira, os elevar novamente com a mesma facilidade com a qual os criou [...] Isto também foi igualmente possível a Ele (Jesus)”.9

O testemunho Pós-Niceno
No quarto século, o segundo credo de Epifânio (374 d.C.) confessou que “a Palavra se tornou carne [...] o mesmo corpo carnal que sofreu; ressuscitou e foi elevado ao céu [...] Ele (Jesus) virá no mesmo corpo em glória para julgar os vivos e os mortos”.10 Cirilo de Jerusalém (315-386 d.C.) classificou como herética a reivindicação de que “o Salvador ressuscitou como um ‘fantasma’, não real fisicamente”, pois isso contraria o que Paulo disse que Deus prometeu “acerca de seu Filho que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 1.3,4).11
O preeminente teólogo Agostinho (354-430 d.C.) declarou: “É indubitável que a ressurreição de Cristo e sua ascensão ao céu em carne já foram proclamadas e cridas no mundo inteiro”. Agostinho chega até a afirmar que Deus juntará novamente ao corpo da ressurreição “todas as porções que foram consumidas pelas bestas ou foram incendiadas, ou foram dissolvidas em pó e cinzas...”.12

O testemunho medieval
Anselmo de Cantuária (1033-1109 d.C.) também insistiu na natureza material do corpo da ressurreição.
Falando sobre o assunto — “como o homem subirá com o mesmo corpo que possui neste mundo” — asseverou que: “se o homem será perfeitamente restabelecido, sua restauração deveria torná-lo como se ele jamais tivesse pecado [...] Então, como homem livre do pecado, ele seria transformado com o mesmo corpo anterior, mas a um estado imortal. Assim, quando for restabelecido, deverá possuir o ‘próprio corpo’ em que viveu neste mundo”.13
Nesse contexto, o grande teólogo, Tomás de Aquino (1224-1274 d.C.), disse acerca da ressurreição: “O espírito em si não torna um corpo ilusório ou divino, ou um corpo com outra constituição orgânica, antes um corpo humano é composto de carne e ossos e todos esses elementos desfrutam de existência”.14

O testemunho da Reforma Protestante
A Reforma Protestante prosseguiu afirmando a ortodoxia da natureza material do corpo da ressurreição. A Fórmula de Concórdia Luterana (1576 d.C.) reza: “Acreditamos, ensinamos e confessamos [...] os artigos principais de nossa fé sobre a criação, a redenção, a santificação e a ressurreição da carne...”.15
A Confissão de Fé Francesa, preparada com o auxílio de João Calvino e aprovada pelo Sínodo de Paris (1559 d.C.), pronunciou que: “Embora Jesus Cristo, ressurreto dentre os mortos, tenha evidenciado a imortalidade de seu corpo, contudo, não negou a verdade de sua natureza, e nós o consideramos em sua divindade, sem, contudo, despojá-lo de sua humanidade”.16

A Confissão de Fé Belga (1561 d.C.), adotada no Sínodo de Dort (1619 d.C.), declara que: “Todos os mortos ressurgirão da terra, e suas almas unir-se-ão aos corpos nos quais viveram antes de morrerem”.17 Avançando um pouco no tempo, os Trinta e Nove Artigos que a rainha Elizabete estabeleceu como posição doutrinária para a Igreja da Inglaterra (1562 d.C.) confessa que: “Cristo verdadeiramente ressurgiu da morte, novamente em seu corpo, com carne, ossos e com todas as propriedades necessárias para a perfeição de sua natureza humana; por meio do qual ascendeu ao céu...”.18
Finalmente, a Confissão de Westminster (1647 d.C.) proclamou o seguinte: “Jesus foi crucificado, e morreu; foi enterrado, e permaneceu debaixo do poder da morte, porém, não viu qualquer corrupção. No terceiro dia ressurgiu dos mortos, com o mesmo corpo no qual sofreu e também ascendeu ao céu...”.19

Diante dessa “multidão” de testemunhos, nem mesmo aqueles que negam que Jesus ascendeu ao céu em carne são capazes de recusar que “até os tempos da Reforma Protestante os credos ocidentais falaram somente da ressurreição da carne”.20

A importância da ressurreição da carne
Tendo examinado a evidência histórica, nos ateremos agora à questão teológica: Que diferença faz se Jesus realmente ressurgiu no mesmo corpo de carne no qual viveu e morreu?
A resposta do Novo Testamento a esta pergunta é clara e inequívoca. Se Jesus não ressuscitou fisicamente, não há salvação (Rm 10.9), a ressurreição é o centro do evangelho pelo qual somos salvos (1Co 15.1-5). O apóstolo Paulo listou uma série de conseqüências relacionadas à negação da ressurreição física. Se Cristo não ressuscitou, então: nossa fé é inútil; nós ainda permanecemos em nossos pecados; os que dormiram em Cristo estão perdidos; os apóstolos são falsas testemunhas; e somos os mais miseráveis de todos os homens (1Co 15.14-19).

Além dessas conseqüências resultantes da negação literal (carnal) da ressurreição, há outros problemas teológicos cruciais. Vejamos:

O problema da criação
Deus criou o universo material (Gn 1.1) e tudo o que criou “era muito bom” (v. 31). O pecado, porém, trouxe a morte (separação) e deteriorou a criação de Deus: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5.12).
Além disso, por causa do pecado do homem “a criação ficou sujeita à vaidade [inutilidade] (Rm 8.20). Assim, a criação tem gemido e esperado pela libertação da servidão da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8.21). Igualmente, nós, os crentes, “esperamos avidamente pela nossa adoção como filhos, a redenção de nossos corpos. Porque nesta esperança somos salvos” (Rm 8.23,24).

Considerando que a criação material de Deus caiu, ficou claro que, para que a redenção fosse efetivada, teria de restabelecer esta criação material. Os humanos pecam e morrem em corpos materiais e devem ser resgatados nos mesmos corpos físicos. Qualquer outro tipo de libertação seria uma admissão de derrota. Igualmente, por causa da queda do homem, toda a criação de Deus foi entregue à decadência para a recriação de um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1-4).

Se a redenção não restabelecer a criação física de Deus, incluindo nossos corpos materiais, então o propósito original de Deus, criando um mundo material, teria sido frustrado. Como o professor Robert Gundry habilmente considerou: “Qualquer coisa alheia a isso lança por terra o ensino de Paulo acerca do resgate do homem por meios físicos para o serviço eterno e adoração de Deus em uma criação restabelecida”. Assim, “desmaterializar a ressurreição, por quaisquer meios, é castrar a soberania de Deus em seu propósito criativo e graça redentora”.21

O problema da encarnação
O conceito de negação de que Cristo veio ao mundo em carne humana é chamado de docetismo. Conseqüentemente, a negação de que Cristo ressuscitou em carne humana é uma espécie de neodocetismo. Ambos minimizam a humanidade plena de Cristo, o primeiro (docetismo) antes da ressurreição, o outro (neodocetismo), depois da ressurreição.
O docetismo foi o termo usado para designar uma seita que surgiu dentre o gnosticismo. O apóstolo João escreveu sua epístola advertindo a igreja contra aqueles que negavam que “Jesus Cristo” veio em carne (1Jo 4.2). Tal declaração joanina insinua que Jesus veio em carne no passado e permanecia na carne quando o apóstolo escreveu estas palavras, após a ressurreição.
Na passagem paralela, o apóstolo novamente adverte contra aqueles “que não confessam que Jesus Cristo veio em carne” (2Jo 7). Isto esclarece que João considerava um erro doutrinário negar a carne de Cristo, tanto antes como depois de sua ressurreição.
A razão é óbvia: a carne humana faz parte da nossa verdadeira natureza humana criada por Deus. Conseqüentemente, negar que Cristo ressuscitou em carne humana é privá-lo da plenitude de sua natureza humana.

O problema da salvação
Entre outras coisas, podemos definir a salvação como a vitória sobre a morte (1Co 15.54,55). Como a morte foi o resultado do pecado, e envolve diretamente o corpo material, o corpo que é ressuscitado deve ser material, para que ocorra uma vitória real sobre a morte. Fracassar na confissão de que Cristo ressuscitou em um corpo material lança por terra todo o evangelho de Cristo.

Em sua obra final sobre a natureza do “corpo” (grego: soma) no Novo Testamento, o professor Gundry nota que somente se Cristo ressurgiu no mesmo corpo físico no qual morreu, podemos dizer que “Cristo efetuou a conquista sobre a morte”.22 Conseqüentemente, “a ressurreição de Cristo foi e a dos cristãos também será física em sua natureza”.23 Um desvio nessa confissão representa a aniquilação dos propósitos redentivos de Deus para com a raça humana.

O problema da decepção
Também existe um grave problema moral. Alguns reivindicam os aparecimentos de Cristo como meras “materializações” realizadas com o fim de convencer os discípulos da realidade de sua ressurreição, mas não exatamente sua materialidade. Mas o que o próprio Jesus disse? “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39). Jesus desafiou Tomé a tocar em suas cicatrizes e a “deixar de ser incrédulo e ser crente” (Jo 20.27).

Dada a correlação e conseqüente identidade das cicatrizes com o corpo antes da ressurreição, a única impressão que estas palavras poderiam causar na mente dos discípulos era de que Jesus obviamente estava reivindicando ter literalmente ressuscitado no mesmo corpo em que morreu, um corpo material, tangível, palpável. Ou cremos desta forma ou somos impelidos a dizer que Jesus ludibriou (enganou) descaradamente os seus seguidores. Qual alternativa se harmoniza com o evangelho?

O problema da imortalidade
A negação da natureza material do corpo da ressurreição é fatal para a crença cristã da imortalidade. Ao contrário dos gregos antigos, os cristãos acreditam que a verdadeira imortalidade envolve a pessoa inteira, inclusive seu corpo, ou seja, não se trata somente da continuidade da existência da alma.
Mas se Cristo não ressuscitou no mesmo corpo físico em que morreu, então não temos nenhuma esperança real de que atingiremos a verdadeira (plena) imortalidade. Paulo declarou que “Jesus Cristo, aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (2Tm 1.10).
É tão-somente pela vitória de Cristo sobre a morte física que os crentes podem proclamar: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1Co 15.55). Caso contrário, retomando as palavras de Paulo aos coríntios, “os que dormiram em Cristo estão perdidos” (1Co 15.18).

O problema da verificação
Uma ressurreição imaterial não possui valor comprobatório algum. Se Cristo não ressurgiu no mesmo corpo material que foi encerrado na tumba, então a ressurreição perde totalmente o seu valor como uma evidência para a reivindicação de sua divindade.
Entretanto, vemos nos evangelhos que Jesus freqüentemente apontou sua ressurreição como prova cabal de suas reivindicações (Jo 2.19-22; 10.18). Em uma dessas ocasiões, Jesus indicou a ressurreição como um sinal inigualável de sua identidade, e declarou que “nenhum outro sinal seria dado àquela geração má e incrédula” (Mt 12.39,40).

Da mesma forma, os apóstolos também ofereceram os aparecimentos da ressurreição de Jesus como sendo “muitas provas convincentes” (At 1.3). Eles empregaram o fato da ressurreição inúmeras vezes como um dos principais fundamentos da pregação ousada e destemida que empenhavam (At 2.22-36; 4.2,10; 13.32-41; 17.1-4,22-31).
Paulo discursou aos filósofos gregos sobre um dia determinado “em que com justiça (Deus) há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At 17.31).

Há uma razão primordial para a conexão entre o fato da ressurreição física e a verdade do cristianismo: não há nenhuma evidência capaz de diferenciar entre uma ressurreição imaterial e uma não-ressurreição. Como poderíamos provar a ressurreição de Jesus se ela fosse apenas espiritual? Um corpo imaterial não tem nenhuma conexão verificável com um corpo material.
O único modo objetivo pelo qual o mundo poderia saber que Cristo ressuscitou era pela ressurreição material (da carne) do corpo em que Ele morreu. Como o poeta John Updike declarou: “Se Jesus não ressuscitou com o mesmo corpo em que morreu, se a dissolução de suas células tomaram seu corpo, se suas moléculas não se reanimaram, se seus aminoácidos não reacenderam, a Igreja sucumbirá!”

Tradução:Elvis Brassaroto

Notas:
1 Jesus - God and man. Lewis L. Wilkins and Duane A. Priebe. Philadelphia: TheWestminster Press, 1977, 2a ed., p.75.
2 Jesus Christ. E. Glenn Hinson. Wilmington: Consortium Books, 1977, p. 111.
3 Raised immortal. Murray Harris. Grand Rapids: Eerdmans, 1985, p. 53.
4 Ibid., p.124.
5 Fragments of the lost work of Justin on the resurrection. Justino Martir. (Todas as citações patrísticas pré-nicenas e pós-nicenas podem ser encontradas em Alexander Roberts and James Donaldson, nas obras The Ante-Nicene Fathers, vols. 1-14. Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1985; e Philip Schaff and Henry Wace, nas obras Nicene and Post-Nicene Fathers, vols. 1-14; William B. Eerdmans Publishing Co., 1983.
6 Ibid., cap. 2.
7 Ibid., cap. 9.
8 The prescription against heretics. Tertuliano, cap. 13.
9 The resurrection of the dead. Athenagoras.
10 The creeds of Christendom. Philip Schaff, vol. 2. Baker Book House, 1983, p. 37.
11 Cyril of Jerusalem: Catechetical Lectures, XIV, p. 21.
12 The city of God. Agostinho, Livro 12, cap. 5.
13 Curus Deus homo. Anselmo de Cantuária. Livro 2, cap. 3, citado em SaintAnselm: Basic Writings. Open Court, 1962, p. 241.
14 Compendium of theology. Tomás de Aquino, p.
153, citado em SaintThomas Aquinas philosophical texts. Oxford University Press, 1964, p. 278.15 The creeds of Christendom, Schaff, p. 98.
16 Ibid., p. 368-9.
17 Ibid., p. 434.
18 Ibid., p. 489.
19 Ibid., p. 621.
20 Raised immortal. Murray Harris. Eerdmans, 1985, p. 132.
21 Soma in biblical theology. Robert Gundry. Cambridge University Press, 1976, p. 176,181-2.
22 Ibid., p.176.
23 Ibid., p.182.

Andrezinho rupereta


Esta palestra foi realizada nos Congresso Brasileiro de Teologia Vida Nova 2007 - "As Novas faces do Cristianismo."
O Palestrante: Lourenço Stelio Rega

Bacharel e Mestre em Teologia, com Extensão Pedagógica do Ensino Superior. Pós-Graduado em Administração de Empresas (Análise de Sistemas);Licenciado em Filosofia; Mestre em Educação e Doutor em Ciências da Religião. 

É diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo e reside na capital paulista. Seus livros são: Dando um jeito no jeitinho Ed.Mundo Cristão; Paulo e sua Teologia (organizador) Ed.Vida; Noções do Grego Bíblico Ed.Vida Nova.

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Andrezinho Rupereta
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