O evangelho de Satanás não é um sistema de princípios revolucionários, nem um programa de anarquia. Não promove  conflitos e guerras, mas almeja a paz e unidade. Não procura colocar a mãe contra a filha, nem o pai contra o filho, mas promove um espírito fraterno por meio do qual a raça humana é tida como uma grande “irmandade”. Não procura arrastar o homem natural ao fundo do poço, e sim melhorá-lo e enaltecê-lo. Advoga a educação, o cultivar e o apelar ao que “de melhor existe dentro de nós”. Almeja fazer deste mundo um habitat tão confortável e apropriado, que a ausência de Cristo nesse habitat não será percebida, e Deus não será necessário.    
         
O evangelho de Satanás empenha-se por ocupar o homem com muitas coisas deste mundo, de modo que ele não tem oportunidade ou disposição para pensar no mundo vindouro. Esse evangelho propaga os princípios do auto-sacrifício, caridade e benevolência, ensinando-nos a viver para o bem dos outros e sermos bondosos para com todos. Apela fortemente à mente carnal, tornando-se bastante popular entre as massas, pois ignora os fatos solenes de que o homem, por natureza, é uma criatura caída, alienada da vida de Deus, morta em delitos e pecados, e de que sua única esperança está em nascer de novo.

Autor: A.W.PINK
Fonte: Revista Fé para Hoje

por: Andrezinho Rupereta

Podemos também notar que sinais em si mesmo não criam fé nos corações dos observadores, podendo mesmo endurecê-los, como no caso de Faraó. Noutras palavras, até sinais espetaculares como os das pragas do Egito e os milagres de Cristo, em si mesmo não promovem a fé. Por que? 

Porque o poder que salva pecadores não é visto em nenhum dos milagres contemporâneos, mas somente na morte de Cristo na cruz. 

Por esta razão Paulo, o apóstolo, disse aos coríntios:

"Os judeus pedem sinais miraculosos, e os gregos procuram sabedoria; nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus." 1Co.1.22-24

Extraído do livro "Religião de Poder"   - James M. Boice.

Andrezinho rupereta.

O casamento e a sociedade moderna. parte 2
Por: Andrezinho Rupereta.
Texto: Ef.5.22-33.


Apresentação:

Epístola aos Efésios 5.22-33.
22-23 Mulheres sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.
24-27 Maridos amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.
28-33 Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo. "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne". Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.

Aplicação:

Jesus como exemplo para o marido.

Cabeça. Salvador. Entregue. Cheio de amor.

A metáfora aqui usada é a cabeça como símbolo de autoridade e governo, neste sentido Jesus Cristo é o exemplo a ser seguido.

Jesus Cristo é autoridade e não autoritário, Ele pode e tem poder para fazer o que quiser, pois Ele é Deus Soberano sobre tudo e sobre todos, mas não o faz – seu reinado sobre nossas vidas e exercido com um amor imensurável e a nossa submissão a Ele é uma resposta a este grande amor.

A idéia de um salvador neste caso é a de alguém que se torna provedor. Jesus por meio de sua entrega proveu salvação para cada ser humano, quando em um ato de amor se entregou ao Pai como sacrifício perfeito para o perdão de nossos pecados, assim por meio desta atitude Ele proveu a salvação.

Sua entrega foi total, Ele não hesitou – tudo isto Ele fez movido por um imenso amor ao propósito estabelecido pelo Pai.

Esta deve ser a atitude do marido - uma entrega total, movida por amor, em prol do bem estar de sua família.

A Igreja como exemplo para a esposa.

Submissa [sujeita]

A única resposta que a Igreja pode dar, a Jesus Cristo, por tamanho amor que um dia foi expresso naquela cruz da forma mais dolorosa e cruel, é a submissão.

“Por favor, observe que Satanás não tem medo quando pregamos a palavra de Cristo, mas como tem medo quando nos submetemos à autoridade de Cristo! Nós que servimos a Deus jamais deveríamos servi-lo de acordo com o princípio de Satanás [rebeldia]. Sempre que o princípio de Cristo está operando, o de Satanás se desvanece.” W.  Nee.

A Igreja [cada individuo] só tem a opção de obedecer, a ele não é dada outra opção.

“A maior das exigências que Deus faz ao homem não é a de carregar a cruz, servir, fazer ofertas, ou negar-se a si mesmo. A maior das exigências é que obedeça.” W. Nee.

As nossas atitudes rebeldes são as respostas mais claras de que não reconhecemos as autoridades constituídas por Deus sobre a nossa vida.

“Para que a autoridade se expresse é preciso que haja submissão. Se é preciso que haja submissão, o ego precisa ficar excluído; mas de acordo com o ego, a submissão torna-se impossível. Isto só se torna possível quando alguém vive no Espírito. É a mais alta expressão da vontade de Deus.” W. Nee.

Um coração rebelde é um coração que não tem Jesus Cristo como seu Senhor.
A esposa encontra-se em submissão a Cristo, isto faz com que ela, submeta-se ao seu esposo.

“Assim como a fé é o princípio pelo qual obtemos vida, a obediência é o princípio pelo qual a vida é vivida.” W. Nee.

Os deveres do marido.

Amar sem reservas. Cuidar. Alimentar.

O dever do marido é amar sua esposa, tendo Jesus Cristo como seu exemplo de entrega por amor a uma pessoa. Este amor exige um cuidado especial para com a esposa que é frágil[i] [1 Pe .3.7], este cuidado deve abranger todas as áreas [Bem estar físico; roupas; alimentação; carência afetiva etc.]

O dever do marido para com sua mulher implica respeitá-la devidamente, manter sua autoridade, protegê-la e depositar sua confiança nela. Elas são co-herdeiras de todas as bênçãos desta vida e da vindoura, e devem viver pacificamente uns com os outros.” Mattew Henry[ii]

Os deveres da esposa.

Ser submissas em tudo. Respeitar.

O marido é a autoridade do lar, aquele que conduz e direciona sua família e provê as necessidades básicas para o seu lar, sua esposa é sua auxiliadora idônea, ela juntamente com seu esposo administra a vida comum do lar.

A esposa não é uma escrava, às vezes o movimento feminista faz com que a palavra submissão soe como um sinônimo de escravidão “uma escrava do lar e mais nada”, mas isto não foi, e não é o que Deus deseja, quando Deus afirmou que o homem seria o cabeça ou autoridade sobre a sua esposa, Deus estava estabelecendo os papeis de cada um deles. Para que uma família seja feliz, basta com que cada um cumpra o seu papel dentro do lar. Papeis estes exercidos diante de Deus com temor e tremor.

Deus deseja que uma esposa cristã [ou não cristã] respeite a liderança de seu marido, ao se conduzir a vida comum do lar e submeta-se a sua autoridade. Isto não quer dizer que a esposa não exerça nenhum tipo de opinião ou auxilio, ela não deve ser passiva, pelo contrario ela deve ser ativa, exercendo seu papel, ela deve exercer seu papel de auxiliadora idônea respeitando a autoridade de seu marido.

Ser uma ajudadora idônea não é uma posição degradante. A forma verbal desta palavra significa basicamente auxiliar ou suprir aquilo de que um indivíduo não pode prover-se por si só. A Septuaginta a traduz com uma palavra que o Novo Testamento usa com o sentido de “médico” (Mateus 15.25). Ela transmite a idéia de socorrer alguém aflito. Certamente uma esposa piedosa se deleita em satisfazer as necessidades do seu esposo.” Dr. Joel Beeker.

Para uma esposa cristã a submissão da Igreja ao seu Senhor é um exemplo que deve ser seguido, a esposa deve se submeter à liderança de seu esposo de uma forma espontânea e amorosa, tudo isto deve ser exercido como resposta ao amor que ela tem recebido.

Um ponto comum entre a esposa e o marido.

No caso de um cristão, ambos estão sobre o mesmo senhorio. Jesus é o Senhor de ambos. Cito novamente Dr. Joel Beeker:

Há pontos importantes nos quais homens e mulheres são iguais. (1) Ambos foram criados igualmente à imagem de Deus. Isto é que os fez companheiros idôneos um para o outro. Isto explica porque os animais não são companheiros adequados para nós. (2) Eles foram ambos, colocados sob o comando moral de Deus e, dessa maneira, lhes foram dadas responsabilidades morais. (3) Ambos foram culpados de desobedecer ao comando de Deus e foram, por isso, julgados por Deus por sua desobediência. (4) Paulo nos diz em Gálatas 3:28 que ambos, homens e mulheres, são igualmente objeto da redenção graciosa de Deus em Cristo Jesus. (5) Como esposo e esposa, um homem e uma mulher são igualmente conclamados a deixar pai e mãe para unir-se um ao outro e para amar um ao outro, como uma só carne.Contudo, em outro sentido, homem e mulher não foram criados iguais. Porque a mulher foi criada para o homem, eles não foram criados iguais em autoridade. Deus traçou uma estrutura de autoridade para os homens, diferente das mulheres. No entanto, a desigualdade desta estrutura de autoridade não quer dizer que um marido tem vantagem sobre sua esposa ou que uma posição é melhor que outra. Nem significa que uma posição é mais alta do que a outra.”

 Quando existirem falhas no caso do esposo ao não exercer suas funções como autoridade, cuidado, provisão e amor isto automaticamente será sentido por sua esposa, você deve exercer seu papel. Você encontra-se sobre o senhorio do Senhor Jesus Cristo, quando suas funções não são exercidas o Senhor Jesus Cristo não está sendo honrado.

Quando seu esposo não estiver exercendo as funções que a ele, foi dado, seu dever como esposa não é tomar para si as funções dele, isto seria uma atitude de rebeldia ao propósito estabelecido por Deus para o casamento, seu dever como esposa é auxiliá-lo a exercer tais funções. Você deve com sabedoria conduzi-lo de volta ao caminho correto.  O desequilíbrio de um lar começa a existir quando uma das partes não exerce corretamente suas funções.

Num casamento bíblico não a lugar para patrões - apenas para liderança amorosa e submissão amorosa quando um homem e uma mulher buscam vivenciar, pela graça de Deus, o relacionamento Cristo-Igreja na terra.” Dr. Joel Beeker.

Que Deus, por meio de sua infinita graça, nos leve a um patamar de Igreja Gloriosa diante deste mundo pecaminoso, que cada família cristã seja sal e luz para este mundo terrível.

Deus nos abençoe.


[i] Frágil aqui pode ser traduzido também por algo delicado.
[ii] Comentário do Novo Testamento Mattew Henry. 




O casamento e a sociedade moderna.
Por: Andrezinho Rupereta.
Texto: Ef.5.22-33.
Introdução:

Já faz algum tempo em que me encontrava na fila de um banco e a minha frente duas amigas conversavam sobre casamento, quando de repente escutei uma delas dizer a seguinte frase:

 - O casamento é uma instituição falida!

Ao escutar esta frase comecei a me indagar – Onde será que Deus errou?

O casamento é um dos desejos de Deus para o ser humano este ideal é um principio universal [Gn. 2.15-25].

Para afirmarmos que o casamento é uma instituição falida, temos que considerar que em algum momento Deus tenha errado. Mas sabemos que Deus não erra!

Gostaria de mostrar a importância do casamento para uma sociedade citando parte do texto “A criação da mulher” do Dr. Joel Beeke, ele diz:

“Ao trazer a mulher para o homem, Deus estabeleceu o casamento como a primeira, a mais fundamental das instituições humanas. Antes que houvessem governos ou igrejas ou escolas ou quaisquer outras estruturas sociais, Deus estabeleceu uma família baseada no respeito e no amor mútuos de um esposo e uma esposa. Todas as outras instituições humanas derivam-se desta. Da autoridade do pai vieram os sistemas patriarcais de governo humano, os quais eventualmente dariam origem às monarquias e democracias. Da responsabilidade dos pais para educar seus filhos vieram os sistemas de educação mais formais que chamamos escolas e colégios. Da necessidade de cuidar da saúde da família vieram os médicos e os hospitais. Da obrigação dos pais de treinarem seus filhos no conhecimento de Deus vieram templos, sinagogas e igrejas. Todas as organizações humanas podem ser acompanhadas retrospectivamente até o lar, a família e, finalmente, até o casamento.”

Partindo do pressuposto de que Deus não comete erro, os problemas que encontramos hoje em vários casamentos, são problemas gerados por corações totalmente obscurecidos por aquilo que denominamos pecado [literalmente errar o alvo desejado por Deus].

O casamento como Deus desejou [obs. continua desejando, pois Deus é imutável], tem sofrido fortes ataques, a instituição tradicional como Deus exige “homem e mulher” já não serve mais, ela é ultrapassada, segundo os princípios estabelecidos por uma sociedade moderna.  

A cada dia que se passa a família nos seus moldes tradicionais, está sofrendo ataques fortíssimos em sua base, seus alicerces estão sendo minados e o resultado disto é notório, basta observar o mundo ao nosso redor e veremos a que ponto chegou à loucura de uma sociedade sem Deus.

Deus tem sido enxotado de dentro da família.

Por exemplo, para esta nova sociedade, o adultério deixou de ser algo vergonhoso para sermos mais exatos, ele deixou até mesmo de ser um crime, hoje ele é até incentivado por alguns “doutores ou sexologistas”[i] alguns incentivam o adultério, baseando-se em um argumento de que quando o adultério é pratico você terá uma vida familiar feliz, diga-se de passagem, que já existem agências[ii] que promovem encontros para pessoas casadas que desejam praticar o adultério de forma segura e discreta.

Somente homens totalmente alienados podem incentivar o adultério, as marcas deixadas, naqueles que sofrem ao descobrir a traição, são em alguns casos irreparáveis, casos como a depressão, feridas emocionais, desconfiança etc. Isto sem dizer os efeitos psicológicos causados nos filhos ao terem que lidar com a ausência do pai ou da mãe.  O adultério não é somente um envolvimento sexual ele é uma agressão aos cônjuges traídos. Tudo isto é feito em nome do amor, amor criado por telenovelas, onde ninguém se machuca e todo final é feliz para ambas as partes, é lógico que as telenovelas não irão mostrar a realidade devastadora que um adultério por criar.

O casamento como instituição desejada por Deus sempre sofreu ataques e isto não é algo novo, pelo contrario é algo muito antigo [Gn. 3]. Que a instituição casamento, hoje passa por uma grande crise é verdade, mas temos como Igreja do Senhor Jesus uma resposta para um mundo caótico.

Paulo descreve em sua epístola aos Efésios um dos padrões básicos para termos um casamento feliz, por feliz não quero dizer que não teremos problemas de relacionamentos, sim teremos – mas a resposta para tais problemas quando surgirem encontra-se na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. O contexto histórico em que Paulo se encontrava ao escrever sua epistola aos Efésios não era tão estranho ou diferente do nosso. O Império Romano tinha uma visão sobre o casamento muito diferente da ideologia cristã, o professor de história clássica Albert A.Bell escreve:

“Mesmo não sendo difícil de ser conseguido, o divórcio não era o último recurso. Muitos casamentos não passavam de contratos em que o marido fazia aliança com a família a fim de obter alguma vantagem financeira. Às vezes o marido investia o dote da esposa com o fim de obter lucros, e perdia parte dele. Nesse caso não podia se divorciar, pois não tinha como devolver-lhe o dote. Por essas e outras razões, maridos e esposas viviam juntos em casamentos formais, sem amor algum. Buscavam, às vezes, alguma gratificação emocional. Nada em seu sistema ético os proibia de manter um caso extraconjugal.” [iii]

O orador grego Demóstenes resumiu a visão clássica masculina dos casos extraconjugais, prescrevendo que os homens devem “ter amantes por prazer, concubinas que os sirvam e esposas para que lhes dêem filhos legítimos” [iv]

Os princípios estabelecidos por Paulo em sua epístola aos Efésios eram totalmente radicais ao estilo de vida da sociedade Greco-romana assim como são radicais para a nossa sociedade moderna. Vejamos quais são estes princípios.




[iii] Explorando o Mundo do Novo Testamento; Editora Atos; Albert A.Bell Jr. Pg211

[iv] Explorando o Mundo do Novo Testamento; Editora Atos; Albert A.Bell Jr. Pg211




Eis aqui uma palestra esclarecedora. Vale apena assistir.


Uma Afirmação do Entendimento Batista do Sul Tradicional 
do Plano de Salvação de Deus

Eric Hankins


Preâmbulo

Toda geração de batistas do sul tem o dever de articular as verdades de sua fé com particular atenção às questões que estão impactando a missão e o ministério contemporâneos. A questão que motiva esta afirmação é o crescimento de um movimento chamado “Novo Calvinismo” entre os batistas do sul. Este movimento está empenhado em promover nas igrejas um entendimento da salvação exclusivamente calvinista, caracterizado por uma insistência agressiva nas “Doutrinas da Graça” (“TULIP”) e com o objetivo de tornar o Calvinismo a posição batista do sul central sobre o plano de salvação de Deus.

Enquanto os calvinistas têm estado presentes na vida batista do sul desde os seus primeiros dias e feito muitas contribuições importantes para a nossa história e teologia, a maioria dos batistas do sul não adota o Calvinismo. Mesmo a minoria dos batistas do sul que se identifica como calvinista geralmente modifica seus ensinos a fim de mitigar certas conclusões inaceitáveis (por exemplo, antimissões, hipercalvinismo, dupla predestinação, expiação limitada, etc.). O próprio fato que há uma pluralidade de visões sobre o Calvinismo destinado a lidar com estas fraquezas (variadamente descrito como “de 3 pontos,” “de 4 pontos,” “moderado,” etc.) parece exigir prudência e humildade com respeito ao sistema e àqueles que discordam dele. Na maioria dos casos, os batistas do sul têm estado felizes em relegar desacordos sobre o Calvinismo a um status secundário junto com outras importantes mas “não-essenciais” questões teológicas. A maioria batista do sul se associa alegremente com seus irmãos calvinistas enquanto cordialmente resiste ao Calvinismo. E, para seu crédito, muitos calvinistas batistas do sul não têm exigido a adoção de sua visão como padrão. Ficaríamos satisfeitos se este consenso continuasse, mas alguns novos calvinistas parecem estar reivindicando uma alteração radical deste antigo acordo.

Propomos que o que muitos batistas do sul creem sobre a salvação possa corretamente ser chamada de a soteriologia batista do sul “tradicional,” o que deve ser entendido em distinção à soteriologia “calvinista.” A soteriologia batista do sul tradicional é articulada de uma maneira geral no Baptist Faith and Message, “Artigo IV.” Enquanto algumas confissões batistas primitivas foram moldadas pelo Calvinismo, a clara trajetória da BF&M desde 1925 está distante do Calvinismo. Por quase um século, os batistas do sul descobriram que uma soteriologia sólida, bíblica pode ser ensinada, mantida e defendida sem comprometimento com o Calvinismo. A soteriologia batista do sul tradicional está fundamentada na convicção de que toda pessoa pode e deve ser salva por uma decisão pessoal e livre para responder ao Evangelho confiando em Cristo Jesus somente como Salvador e Senhor. Sem se referir ao Calvinismo, os batistas do sul têm alcançado o mundo com a mensagem de salvação do Evangelho pela graça através da fé em Cristo somente. Os batistas têm sido bem servidos por uma soteriologia direta enraizada no fato que Cristo deseja e é capaz de salvar todo e qualquer pecador.

O Novo Calvinismo nos oferece o dever e a responsabilidade de mais cuidadosamente expressar o que é geralmente crido pelos batistas do sul sobre a salvação. Não é mais útil nos identificarmos com quantos pontos de convergência temos com o Calvinismo. Enquanto não estamos insistindo que todo batista do sul deve declarar a afirmação soteriológica abaixo a fim de ter um lugar na família batista do sul, estamos afirmando que a vasta maioria dos batistas do sul não são calvinistas e que eles não querem que o Calvinismo tornem a visão padrão na vida batista do sul. Cremos que é tempo de mover para além do Calvinismo como ponto de referência para a soteriologia batista.

Abaixo está o que cremos ser a essência de um “Entendimento Batista do Sul Tradicional do Plano de Salvação de Deus.” Cremos que muitos batistas do sul, não obstante como eles têm descrito seu entendimento pessoal da doutrina da salvação, acharão a seguinte afirmação consistente com o que a Bíblia ensina e o que os batistas do sul geralmente têm crido sobre a natureza da salvação pela graça através da fé em Jesus Cristo.

Artigos de Afirmação e Negação

Artigo Um: O Evangelho

Afirmamos que o Evangelho é a boa nova que Deus preparou um meio de salvação através da vida, morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo para qualquer pessoa. Isto está de acordo com o desejo de Deus de que todas as pessoas sejam salvas.

Negamos que somente alguns selecionados sejam capazes de responder ao Evangelho enquanto o restante seja predestinado a uma eternidade no inferno.

Gn 3.15; Sl 2.1-12; Ez 18.23, 32; Lc 19.10; 24.45-49; Jo 1.1-18; 3.16; Rm 1.1-6; 5.8; 8.34; 2Co 5.17-21; Gl 4.4-7; Cl 1.21-23; 1Tm 2.3-4; Hb 1.1-3; 4.14-16; 2Pd 3.9

Artigo Dois: A Pecaminosidade do Homem

Afirmamos que, por causa da queda de Adão, todas as pessoas herdam uma natureza e um ambiente inclinados ao pecado e que qualquer um capaz de ação moral irá pecar. O pecado de uma pessoa somente traz a ira de um Deus santo, comunhão rompida com ele, egoísmo e destruição numa piora constante, morte e condenação a uma eternidade no inferno.

Negamos que o pecado de Adão resultou na incapacitação do livre-arbítrio de qualquer pessoa ou tornou qualquer pessoa culpada antes que ela pessoalmente tenha pecado. Enquanto nenhum pecador seja remotamente capaz de alcançar a salvação através de seu próprio esforço, negamos que qualquer pecador seja salvo à parte de uma livre resposta à atração do Espírito Santo através do Evangelho.

Gn 3.15-24; 6.5; Dt 1.39; Is 6.5; 7.15-16; 53.6; Jr 17.5, 9; 31.29-30; Ez 18.19-20; Rm 1.18-32; 3.9-18; 5.12; 6.23; 7.9; Mt 7.21-23; 1Co 1.18-25; 6.9-10; 15.22; 2Co 5.10; Hb 9.27-28; Ap 20.11-15

Artigo Três: A Expiação de Cristo

Afirmamos que a substituição penal de Cristo é o único sacrifício disponível e efetivo para os pecados de qualquer pessoa.

Negamos que esta expiação resulta na salvação sem uma livre resposta de arrependimento e fé da pessoa. Negamos que Deus impõe ou retém esta expiação sem consideração por um ato do livre-arbítrio da pessoa. Negamos que Cristo morreu somente pelos pecados daqueles que serão salvos.

Sl 22.1-31; Is 53.1-12; Jo 12.32; 14.6; At 10.39-43; 16.30-32; Rm 3.21-26; 2Co 5.21; Gl 3.10-14; Fp 2.5-11; Cl 1.13-20; 1Ti 2.5-6; Hb 9.12-15, 24-28; 10.1-18; 1Jo 1.7; 2.2

Artigo Quatro: A Graça de Deus

Afirmamos que a graça é a decisão generosa de Deus de prover salvação para qualquer pessoa, tomando toda a iniciativa na provisão da salvação, na livre oferta do Evangelho no poder do Espírito Santo e na união do crente a Cristo pelo Espírito Santo através da fé.

Negamos que a graça anula a necessidade de uma livre resposta de fé ou que ela não pode ser resistida. Negamos que a resposta de fé é de alguma forma uma obra meritória que mereça a salvação.

Es 9.8; Pv 3.34; Zc 12.10; Mt 19.16-30; 23.37; Lc 10.1-12; At 15.11; 20.24; Rm 3.24, 27-28; 5.6, 8, 15-21; Gl 1.6; 2.21; 5; Ef 2.8-10; Fp 3.2-9; Cl 2.13-17; Hb 4.16; 9.28; 1Jo 4.19

Artigo Cinco: A Regeneração do Pecador

Afirmamos que qualquer pessoa que responde ao Evangelho com arrependimento e fé é nascida de novo pelo poder do Espírito Santo. Ela é uma nova criação em Cristo e entra, no momento em que crê, para a vida eterna.

Negamos que alguma pessoa seja regenerada antes de ou à parte de ouvir e responder ao Evangelho.

Lc 15.24; Jo 3.3; 7.37-39; 10.10; 16.7-14; At 2.37-39; Rm 6.4-11; 10.14; 1Co 15.22; 2Co 5.17; Gl 2.20; 6.15; Cl 2.13; 1Pd 3.18

Artigo Seis: A Eleição para Salvação

Afirmamos que, com referência à salvação, a eleição fala do plano eterno, gracioso e certo em Cristo de ter um povo que é seu pelo arrependimento e fé.

Negamos que a eleição significa que, desde a eternidade, Deus predestinou certas pessoas para salvação e outras para condenação.

Gn 1.26-28; 12.1-3; Êx 19.6; Jr 31.31-33; Mt 24.31; 25.34; Jo 6.70; 15.16; Rm 8.29-30, 33; 9.6-8; 11.7; 1Co 1.1-2; Ef 1.4-6; 2.11-22; 3.1-11; 4.4-13; 1Tm 2.3-4; 1Pd 1.1-2; 2.9; 2Pd 3.9; Ap 7.9-10.

Artigo Sete: A Soberania de Deus

Afirmamos o eterno conhecimento e soberania de Deus sobre a salvação ou condenação de cada pessoa.

Negamos que a soberania e o conhecimento de Deus exigem que ele cause a aceitação ou rejeição de fé em Cristo em uma pessoa.

Gn 1.1; 6.5-8; 18.16-33; 22; 2Sm 24.13-14; 1Cr 29.10-20; 2Cr 7.14; Jl 2.32; Sl 23; 51.4; 139.1-6; Pv 15.3; Jo 6.44; Rm 11.3; Tt 3.3-7; Tg 1.13-15; Hb 11.6; 12.28; 1Pd 1.17

Artigo Oito: O Livre-Arbítrio do Homem

Afirmamos que Deus, como uma expressão de sua soberania, confere a cada pessoa um livre-arbítrio real (a capacidade de escolher entre duas opções), que deve ser exercido na aceitação ou rejeição do gracioso chamado de Deus para salvação através do Espírito Santo pelo Evangelho.

Negamos que a decisão de fé é um ato de Deus antes que uma resposta da pessoa. Negamos que haja um “chamado eficaz” para certas pessoas que é diferente de um “chamado geral” a qualquer pessoa que ouve e entende o Evangelho.

Gn 1.26-28; Nm 21.8-9; Dt 30.19; Js 24.15; 1Sm 8.1-22; 2Sm 24.13-14; Es 3.12-14; Mt 7.13-14; 11.20-24; Mc 10.17-22; Lc 9.23-24; 13.34; 15.17-20; Rm 10.9-10; Tt 2.12; Ap 22.17

Artigo Nove: A Segurança do Crente

Afirmamos que, quando uma pessoa responde em fé ao Evangelho, Deus promete completar o processo de salvação no crente para a eternidade. Este processo começa com a justificação, por meio da qual o pecador é imediatamente absolvido de todo pecado e concedido paz com Deus; continua na santificação, por meio da qual os salvos são progressivamente conformados à imagem de Cristo pela habitação do Espírito Santo; e conclui na glorificação, por meio da qual os santos desfrutam no céu uma vida com Cristo para sempre.

Negamos que esta relação selada com o Espírito Santo possa ser rompida. Negamos até mesmo a possibilidade de apostasia.

Jo 10.28-29; 14.1-4; 16.12-14; Fp 1.6; Rm 3.21-26; 8.29, 30, 35-39; 12.1-3; 2Co 4.17; Ef 1.13-14; Fp 3.12; Cl 1.21-22; 1Jo 2.19; 3.2; 5.13-15; 2Tm 1.12; Hb 13.5; Tg 1.12; Jd 24-25.

Artigo Dez: A Grande Comissão

Afirmamos que o Senhor Jesus Cristo comissionou sua igreja a pregar a boa nova de salvação a todas as pessoas até os confins da terra. Afirmamos que a proclamação do Evangelho é o meio de Deus de trazer qualquer pessoa à salvação.

Negamos que a salvação esteja disponível sem uma resposta de fé ao Evangelho de Jesus Cristo.

Sl 51.13; Pv 11.30; Is 52.7; Mt 28.19-20; Jo 14.6; At 1.8; 4.12; 10.42-43; Rm 1.16; 10.13-15; 1Co 1.17-21; Ef 3.7-9; 6.19-20; Fp 1.12-14; 1Ts 1.8; 1Tm 2.5; 2Tm 4.1-5


Tradução: Paulo Cesar Antunes - www.arminianismo.com


por Andrezinho rupereta





Difícil não é orar pelos enfermos - difícil é saber que o Diabo comprou as caveirinhas no mercado livre.

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-235514702-chaveiro-caveira-risadinha-cod-ecd10185-_JM

Cambada de Sem-Vergonhas - um bando de ladrão!

por Andrezinho Rupereta


NÃO CHAME SEU FILHO DE DANADO!

Por Andrezinho Rupereta.
Introdução:

Não faz muito tempo que li, em uma atualização de status na rede social Facebook, as palavras que dão o titulo deste meu pequeno texto. Ao ler determinada mensagem fiquei intrigado, minha mente naquele instante, ficou agitada com tal informação, algo estava errado naquela informação e curioso como sou – não perdi tempo – fui fazer minhas consultas exegéticas. Não deu outra, mais uma velha lenda gospel dando um role nas redes sociais e blogs – principalmente estes de batalha espiritual.
Eu te convido para que juntos, possamos observar - onde se encontra o erro desta afirmação.

As afirmações:

Não chame seus filhos de danados – significa endemoninhados! Sermão de Pr. Henrique Jorge - Ministério Internacional Bethshalom[i].
DANADO: "Amaldiçoado; condenado; que sofreu dano; corrompido; estragado; arruinado; danificado”. Logo, as pessoas têm pressa em não prestarem atenção em observar as coisas e tem usado a sua própria língua e dito coisas que não são convenientes a uma vida abençoada, lançando assim maldição em seus próprios filhos. Não chame o seu filho de danado... Examinemos, pois com muito cuidado as palavras, que na verdade podem dar vida, como também podem tirá-la. Postado em Meditações diárias da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana[ii].

Explicação:

A bíblia sustenta tal afirmação?


Uma pesquisa rápida nas principais versões nacionais [NVI; CNBB; JFA-RA; NTLH; VIVA; BLTTA] você perceberá que em nenhuma delas, encontraremos a afirmação que danado é uma maldição ou que é sinônimo de uma pessoa endemoninhada.

A bíblia é nossa regra de fé e prática – se bíblia não nos dá respaldo para determinado ensino ou prática, não devemos ter isto como verdade. Só por este fato já deveríamos desconsiderar tal afirmação.


Quem é a fonte de determinado ensino?


Ao se fazer uma nova pesquisa, nas principais versões bíblicas nacionais, não encontraremos a palavra “danado” - se a bíblia, não é a fonte desta palavra, de onde, então, vem as explicações do significado da palavra “danado” – dos dicionários de nossa Língua Portuguesa.

Com base nas informações que já possuímos, fica claro, que a afirmação – não chame seu filho de danado, pois você, o está amaldiçoando, [você está destinando a alma dele ao inferno[iii]] - não se encontra na bíblia, mas, encontra-se em dicionários de nossa Língua Portuguesa.


A informação está correta?

“A informação está correta?” - É lógico que não! Consulte os principais dicionários de nossa Língua Portuguesa e você perceberá que a informação está incompleta, vejamos como o dicionário Houaiss define a palavra danado:

Danado     Datação: 1274

n adjetivo e substantivo masculino
1      que ou o que foi prejudicado, corrompido, estragado
2      Rubrica: religião.
que ou aquele que foi condenado às penas do inferno; maldito
3      Uso: informal.
que ou o que está hidrófobo; raivoso
Exs.: recolheram os cachorros d.
 hidrofobia é a doença dos d.
4      que ou aquele que está irritado; zangado, aborrecido
5      que ou o que é agitado; excitado, impetuoso
6      que ou o que é muito esperto; malandro
7      Regionalismo: Brasil.
que ou o que é ruim; mau
Exs.: a rua hoje está com um cheiro d.
 aquele d. faz mal às crianças
8      Regionalismo: Brasil.
que ou o que é valente; decidido, impetuoso
Exs.: cuidado que o cabra é d.
 o d. derrubou cinco homens
9      Regionalismo: Brasil.
que ou aquele que é dado a diabruras e traquinagens (diz-se ger. de criança); travesso, arteiro
Exs.: mas que criança d.!
 o d. me enganou direitinho
10    Regionalismo: Brasil.
que ou o que faz algo bem feito; habilidoso, inteligente
Exs.: é d. no jogo de xadrez
 o d. tem muito talento

n adjetivo
11    de grande proporção; enorme, extraordinário, imenso
Ex.: deu um trabalho d.
12    que gosta muito; louco
Ex.: d. por chocolate

Se você pesquisar os principais dicionários, perceberá que a definição da palavra danado entre eles, são semelhantes, salvo algumas variações. O criador de tal ensino não foi honesto, ele ocultou parte da definição da palavra danado;  e fez uma afirmação que a bíblia não faz, isto é muito grave, estamos diante de um caso tipico de nossa teologia tupiniquim - ensinar aquilo que não se encontra nas escrituras!

Ao buscarmos a etimologia da palavra, podemos afirma que ela teve realmente este sentido, de que determinada pessoa sofreu um condenação pela igreja e se tornou maldito ou condenado. Mas como toda palavra que com o passar do tempo cai em desuso ou sofre uma mutação em seu sentido, com a palavra danado não foi diferente. Hoje danado como vimos à definição do dicionário não tem mais a ideia de alguém maldito, mas de alguém que sofre com a doença de raiva [infecção causada pela mordida de um cachorro ou morcego] ou algo muito bom ou até mesmo de uma criança muito inteligente ou agitada demais.


Aplicação:

O que devemos aprender com tudo isto que acabamos de ler:

1.Não de credito a tudo que você ouve ou lê – investigue a informação que você está recebendo.
2.Se a bíblia não dá respaldo – não acredite! 
3.Lembre-se que, grandes lideres cristãos cometeram barbaridades terríveis, ensinando aquilo que a bíblia não ensina.
4. Seja sempre um cristão bereano [Atos 17.11].

Que Deus nos abençoe...





[iii] Este trecho foi copiado do status de minha amiga na rede social Facebook.
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