O casamento e a
sociedade moderna.
Por: Andrezinho Rupereta.
Já
faz algum tempo em que me encontrava na fila de um banco e a minha frente duas
amigas conversavam sobre casamento, quando de repente escutei uma delas dizer a
seguinte frase:
- O casamento é uma instituição falida!
Ao
escutar esta frase comecei a me indagar – Onde será que Deus errou?
O
casamento é um dos desejos de Deus para o ser humano este ideal é um principio
universal [Gn. 2.15-25].
Para
afirmarmos que o casamento é uma instituição falida, temos que considerar que
em algum momento Deus tenha errado. Mas sabemos que Deus não erra!
Gostaria
de mostrar a importância do casamento para uma sociedade citando parte do texto
“A criação da mulher” do Dr. Joel Beeke, ele diz:
“Ao trazer a mulher
para o homem, Deus estabeleceu o casamento como a primeira, a mais fundamental
das instituições humanas. Antes que houvessem governos ou igrejas ou escolas ou
quaisquer outras estruturas sociais, Deus estabeleceu uma família baseada no
respeito e no amor mútuos de um esposo e uma esposa. Todas as outras
instituições humanas derivam-se desta. Da autoridade do pai vieram os sistemas
patriarcais de governo humano, os quais eventualmente dariam origem às
monarquias e democracias. Da responsabilidade dos pais para educar seus filhos
vieram os sistemas de educação mais formais que chamamos escolas e colégios. Da
necessidade de cuidar da saúde da família vieram os médicos e os hospitais. Da
obrigação dos pais de treinarem seus filhos no conhecimento de Deus vieram
templos, sinagogas e igrejas. Todas as organizações humanas podem ser
acompanhadas retrospectivamente até o lar, a família e, finalmente, até o
casamento.”
Partindo
do pressuposto de que Deus não comete erro, os problemas que encontramos hoje em
vários casamentos, são problemas gerados por corações totalmente obscurecidos
por aquilo que denominamos pecado [literalmente errar o alvo desejado por Deus].
O
casamento como Deus desejou [obs. continua desejando, pois Deus é imutável],
tem sofrido fortes ataques, a instituição tradicional como Deus exige “homem e
mulher” já não serve mais, ela é ultrapassada, segundo os princípios
estabelecidos por uma sociedade moderna.
A
cada dia que se passa a família nos seus moldes tradicionais, está sofrendo ataques
fortíssimos em sua base, seus alicerces estão sendo minados e o resultado disto
é notório, basta observar o mundo ao nosso redor e veremos a que ponto chegou à
loucura de uma sociedade sem Deus.
Deus tem sido
enxotado de dentro da família.
Por
exemplo, para esta nova sociedade, o adultério deixou de ser algo vergonhoso
para sermos mais exatos, ele deixou até mesmo de ser um crime, hoje ele é até
incentivado por alguns “doutores ou sexologistas”[i] alguns
incentivam o adultério, baseando-se em um argumento de que quando o adultério é
pratico você terá uma vida familiar feliz, diga-se de passagem, que já existem
agências[ii]
que promovem encontros para pessoas casadas que desejam praticar o adultério de
forma segura e discreta.
Somente
homens totalmente alienados podem incentivar o adultério, as marcas deixadas,
naqueles que sofrem ao descobrir a traição, são em alguns casos irreparáveis,
casos como a depressão, feridas emocionais, desconfiança etc. Isto sem dizer os
efeitos psicológicos causados nos filhos ao terem que lidar com a ausência do
pai ou da mãe. O adultério não é somente
um envolvimento sexual ele é uma agressão aos cônjuges traídos. Tudo isto é
feito em nome do amor, amor criado por telenovelas, onde ninguém se machuca e
todo final é feliz para ambas as partes, é lógico que as telenovelas não irão
mostrar a realidade devastadora que um adultério por criar.
O
casamento como instituição desejada por Deus sempre sofreu ataques e isto não é
algo novo, pelo contrario é algo muito antigo [Gn. 3]. Que a instituição
casamento, hoje passa por uma grande crise é verdade, mas temos como Igreja do
Senhor Jesus uma resposta para um mundo caótico.
Paulo
descreve em sua epístola aos Efésios um dos padrões básicos para termos um
casamento feliz, por feliz não quero dizer que não teremos problemas de
relacionamentos, sim teremos – mas a resposta para tais problemas quando
surgirem encontra-se na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. O contexto
histórico em que Paulo
se encontrava ao escrever sua epistola aos Efésios não era tão estranho ou
diferente do nosso. O Império Romano tinha uma visão sobre o casamento muito
diferente da ideologia cristã, o professor de história clássica Albert A.Bell
escreve:
“Mesmo
não sendo difícil de ser conseguido, o divórcio não era o último recurso.
Muitos casamentos não passavam de contratos em que o marido fazia aliança com a
família a fim de obter alguma vantagem financeira. Às vezes o marido investia o
dote da esposa com o fim de obter lucros, e perdia parte dele. Nesse caso não
podia se divorciar, pois não tinha como devolver-lhe o dote. Por essas e outras
razões, maridos e esposas viviam juntos em casamentos formais, sem amor algum.
Buscavam, às vezes, alguma gratificação emocional. Nada em seu sistema ético os proibia de manter um caso extraconjugal.” [iii]
“O orador grego Demóstenes resumiu a
visão clássica masculina dos casos extraconjugais, prescrevendo que os homens
devem “ter amantes por prazer, concubinas
que os sirvam e esposas para que lhes dêem filhos legítimos” [iv]
Os
princípios estabelecidos por Paulo em sua epístola aos Efésios eram totalmente
radicais ao estilo de vida da sociedade Greco-romana assim como são radicais
para a nossa sociedade moderna. Vejamos quais são estes princípios.
[iii]
Explorando o Mundo do Novo Testamento; Editora Atos; Albert A.Bell Jr. Pg211
[iv]
Explorando o Mundo do Novo Testamento; Editora Atos; Albert A.Bell Jr. Pg211
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