Autoridade e Suficiência das Escrituras – Origem, Testemunho e nossa prática.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa



Um dos princípios sustentado pela Reforma Protestante do Século 16 foi a afirmação da suficiência das Escrituras (Sola Scriptura significa Somente as Escrituras, em latim). Com isso, os Reformadores enfatizaram que somente a Bíblia é a única autoridade infalível dentro da Igreja: Somente as Escrituras são incondicionalmente autoritativas.
Um dos problemas fundamentais entre os cristãos do século 20/21, está na não aceitação teórica (confessional) e prática (vivencial) da Bíblia como Palavra autoritativa, inerrante e infalível de Deus. Uma visão relapsa deste ponto determina o fracasso teológico e espiritual da Igreja.
Este desvio teológico, acerca destas doutrinas, tem contribuído de forma acentuada, para que os homens não mãos discirnam a palavra de Deus e, por isso, não possam gozar da sua operação eficaz levada a efeito pelo Espírito (Cf. 1Ts 2.13 compare com Jo17.17), caindo assim, na "rampa escorregadia" da negação de outras doutrinas. Vejamos, então, alguns aspectos concernentes à autoridade das Escrituras.
1. A Suficiência das Escrituras: Sua Origem
Deus é o Autor da Escrituras. Mesmo a Bíblia sendo registrada por homens, falando do pecado do homem, descrevendo a desobediência circunstancial de seus autores secundários, ela é prioritariamente um livro divino.
Paulo diz que "toda Escritura é inspirada por Deus" (2 Tm 3.16), indicando a sua procedência: toda a Escritura Sagrada é soprada, exalada por Deus. Esta Palavra não foi apenas entregue aos homens, mas foi preservada por Deus; Deus preservou ao seu registro e quanto à sua conservação.Warfield (1851-1921), comentando o texto de 2 Timóteo 3.16, diz: "Numa palavra, o que se declara nesta passagem fundamental é, simplesmente, que as Escrituras são um produto divino, sem qualquer indicação da maneira como Deus operou para as produzir. Não se poderia escolher nenhuma outra expressão que afirmasse, com maior saliência, a produção divina das Escrituras, como esta o faz. 9.(...) Paulo (...) afirma com toda a energia possível, que as Escrituras são o produto de uma operação especificamente divina."¹
Com isto, estamos dizendo que o Deus que se revelou, esteve "expirando" os homens que ele mesmo separou para registrarem esta revelação. A inspiração bíblica garante que seja registrado de forma veraz aquilo que a inspiração profética fazia com respeito à palavra do profeta, para que ela correspondesse literalmente À mente de Deus; em outras palavras: a Palavra escrita é tão fidedigna quando a Palavra falada pelos profetas; ambas foram inspiradas por Deus.
2. A Suficiência do Testemunho das Escrituras
A Bíblia autentica-se a si mesma como o registro inspirado e inerrante da revelação de Deus. Deus ordenou que a sua palavra fosse escrita (Ex 17.14), sendo chamado este registro de "Livro do Senhor" (Is 34.16). Analisemos este ponto substanciando-o com alguns dos muitos textos bíblicos que fundamentam a nossa afirmação:
A. Os Profetas
1) Os profetas são descritos como aqueles dos quais Deus fala (Ex 7.1; Dt 18.15,18; Jr 1.9; 7.1). O Profeta não criava nem adaptava a mensagem; a ele competia transmiti-la como havia recebido (Ex 4.30; Dt 4.2,5). O que se exige do Profeta é fidelidade.
2)Os Profetas tinham consciência de que foram chamados por Deus (1 Sm 3; Is 6; Jr 1; Ez 1-3); receberam a mensagem da parte de Deus (Nm 23.5; Dt 18.18; Jr 1.9; 5.14), que era distinta dos seus próprios pensamentos (Nm 16.28; 24.13; 1 Rs 12.33; Ne 6.8). Os falsos profetas eram acusados justamente de proferirem as suas próprias palavras e não as de Deus (Jr 14.14; 23.16; 29.9; Ez 13.2,3,6).
3) Quando os profetas se dirigiam ao povo, diziam: "Assim diz o Senhor...", "Ouvi a Palavra do Senhor...". "Veio a Palavra do Senhor" (Cf. Ez 31.1; Os 1.1; Jl 1.1; Am 1.3; 2.1; Ob 1.1; Mq 1.1; Jr 27.1; 30.1,4, etc.); isto indicava a certeza que tinham de que Deus lhes dera a mensagem e os enviara (Cf. Jr 20.7-9; Ez 3.4ss, 17,22; 37.1; Am 3.8; Jn 1.2).
4) um fato importante a favor da sinceridade dos profetas de Deus, é que nem sempre eles entendiam a mensagem transmitida (Cf. Dn 12.8,9; Zc 1.9; 4.4; 1 Pe 1.10,11).
B. Os apóstolos
Os escritores do Novo Testamento reconheciam ser o Antigo Testamento a Palavra de Deus (Hb 1.1; 3.7), sendo a "Escritura" um registro fiel da história e da vontade de Deus (Rm 4.3; 9.17; Gl 3.8; 4.30). Os Apóstolos falavam com a convicção de que estavam pregando e ensinado a Palavra inspirada de Deus, dirigidos pelo Espírito Santo (Vd. 1 Co 2.4-13; 7.10; 14.37; 2 Co 13.2,3; Gl 1.6-9; Cl 4.16; 1 Ts 2.13; 2Ts 3.14) Paulo e Pedro colocavam os Escritos do Novo testamento no mesmo nível do Antigo Testamento (Cf. 1 Tm 5.18 compara com Dt 25.4; Lc 10.7; 2 Pe 3.16).
Paulo reconheceu os apóstolos e os profetas, no mesmo nível, como os fundamentos da Igreja,edificados sobre Jesus Cristo, a pedra angular (Ef 2.20)
C. Jesus Cristo
Jesus apela para o Antigo Testamento, considerando-o como a expressão fiel do Conselho de Deus, sendo a verdade final e decisória. Deus é o autor das Escrituras (Mt 4.4,7, 10; 11.10; 15.4; 19.4; 21.16,42; 22.29; Mt 105-9; 12.24; Lc 19.46; 24.25-27; 44-47; Jo 10.34).
D. Afirmações diretas das Escrituras
O Novo Testamento declara enfaticamente que toda a Escritura, como Palavra de Deus, é inspirada, inerrante e infalível (Vd. Mt 5.18; Lc 16.17, 29, 31; Jo 10.35; At 1.16; 4.24-26; 28.25; Rm 15.4; 2 Tm 3.16; Hb 1.1,2; 3.7-11; 10.15-17; 2 Pe 1.20).
A Bíblia fornece argumentos racionais que demonstram a sua inspiração e inerrância, todavia, os homens só poderão ter esta convicção mediante o testemunho interno do Espírito Santo (Sal 119.118).² Os discípulos de Cristo, só entenderam as Escrituras, quando o próprio Jesus lhes abriu o entendimento (Lc 24.45). A Escritura autentica-se a si mesma e nós a recebemos pelo Espírito.³
A Igreja sustenta a total rendição às reivindicações proféticas, apostólicas e do próprio Cristo. Diante de um testemunho tão evidente, como poderia eu descartá-lo e seguir as opiniões fantasiosas de homens?
O cristão sincero deve aprender, pelo Espírito de Deus, a subordinar a sua inteligência à sabedoria de Deus revelada nas Escrituras e a guardar no coração a Palavra de Deus (Sl 119.11)
3.
A Suficiência das Escrituras e a Evangelização
No ato evangelizador da Igreja, ela prega a palavra de Deus conforme a ordem divina expressa nas Escrituras; fala da salvação eterna oferecida por Cristo, conforme as Escrituras proclama as perfeições de Deus, conforme as Escrituras... Ora, se a Igreja não tem certeza da fidedignidade do que ensina, como então, poderá testemunhar de forma honesta? Uma Igreja que não aceite a inspiração e a inerrância bíblica, não poderá ser uma igreja missionária.
Como poderemos pregar a palavra se não estivermos confiantes do sentido exato do que está sendo dito?
Como evangelizar se nós mesmos não temos certeza, se o que falamos procede da Palavra de Deus ou, está embasado numa falácia? Paulo dá testemunho de que a Escritura é fiel; por isso, ele a ensinava com autoridade (1 Tm 1.15; 4.9 compare com 2 Tm 4.6-8).
Satanás objetando esmorecer o ímpeto evangelístico da Igreja, tem usado deste artifício: minar a doutrina da inspiração e inerrância das Escrituras, a fim de que a Igreja perca a compreensão de sua própria natureza e, assim, substitua a pregação evangélica por discursos éticos, políticos e propaganda pessoal. Aliás, A Escritura sempre foi um dos alvos prediletos de Satanás (Vd. Gn 3.1-5; Mt 4.3,6,8,9; 2 Co 4.3,4). Entretanto, a Igreja é chamada a proclamar com firmeza o Evangelho, conforme registrado na Bíblia e preservado pelo Espírito através dos séculos (2 Tm 4.2).
A Igreja prega o Evangelho, consciente de que ele é o poder de Deus para salvação do pecador (Rm 1.16); por isso, recusar o Evangelho significa rejeitar o próprio Deus que nos fala (1 Ts 4.8). Calvino, comentado Romanos 1.16, diz que aqueles que "se retraem de ouvir a Palavra proclamada estão premeditadamente rejeitando o poder de Deus e repelindo de si a mão divina que pode libertá-los." [4] A Igreja proclama a Palavra, não as suas opiniões a respeito da Palavra, consciente que Deus age através das Escrituras, produzindo frutos de vida eterna (Rm 10.8-17; 1 Co 1.21; 1 Co 15.11; Cl 1.3-6; 1 Ts 2.13,14). A Igreja por si só não produz vida, todavia ela recebeu a vida em Cristo (Jo 10.10), através da sua Palavra vivificadora; deste modo, ela ensina a Palavra, para que pelo Espírito de Cristo, que atua mediante as Escrituras, os homens creiam e recebam vida abundante e eterna.
Conclusão
Nós somos herdeiros dos princípios bíblicos da Reforma; para nós, como para os Reformadores, a Palavra de Deus é a fonte autoritativa de Deus para o nosso pensar, crer sentir e agir: A Palavra de Deus é-nos suficiente.
Quando Satanás tentou a Jesus durante os seus 40 dias de jejum e oração no deserto, dizendo: "Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transforme em pães" (Mt 4.3), Jesus Cristo, recorrendo ao Livro de Deuteronômio, capítulo 8, verso 3, respondeu: " Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede de Deus" (Mt 4.4). Notemos que esta afirmação torna-se ainda mais dramática se consideramos o fato de que Jesus estava à beira da inanição, sendo induzido a pensar que caso não comesse imediatamente poderia morrer.
Nestas palavras, não temos um contraste entre o espiritual e o físico, antes; há uma demonstração categórica, feita por Cristo, de que devemos ter me mente que a nossa sustentação, em todos os sentidos, provém de Deus: Somos sustentados pela Palavra de Deus. O mesmo Espírito que nos regenerou atravésda Palavra (Tg 1.18; 1Pe 1.23), age mediante esta mesma Palavra, para que vivamos, de fato, como novas criaturas que somos. A Bíblia é o instrumento eficaz do Espírito, porque ela foi inspirada pelo Espírito Santo (2Pe 1.21).
Jesus orou ao Pai para que ele nos santificasse na Verdade, que é a sua Palavra. Meus irmãos, se quisermos crescer espiritualmente temos de recorrer à Palavra vivificada de Cristo; somente ela pode nos tornar sábios para a Salvação mediante a fé depositada unicamente em Jesus Cristo (2 Tm 3.15). Com este propósito ela foi-nos concedida (Rm 15.4).
Você aceita a autoridade das Escrituras? Quando sua opinião sobre determinado tema é uma e a posição da Bíblia é outra, com qual você fica?
Nota:
¹B.B.WARFIELD, The Inspiration of the Bíble: In: The Works of Benjamin B. Warfield, Grande
Rapids, Michigan, Baker Book House, 1981, Vol. I, p. 79.
² Vd. J. Calvino, Exposição de Romanos, São Paulo, Paracletos, 199 (Rm 8.16), p. 279.
³ Vd. J. Calvino, As Institutas São Paulo, Casa Presbiteriana, 1985, I;7.4-5 e I.8.13
[4] J. Calvino, Exposição de Romanos, (Rm 1.16), p. 58.
Autor: Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
Fonte: Revista Palavra Viva – Graça e Fé, lição 04 - Sola Scriptura, pg 13-16, Editora Cultura Cristã.

Ações de graças
David Searle


Num domingo de abril, um homem piedoso, o Rer.Dr.Hall, subia o monte Snowdon para completar o nascer do sol naquela manhã de páscoa. Quando ele e seu companheiro chegaram ao cimo, encontraram algumas centenas de pessoas que também tinham subido para ver o sol nascer glorioso sobre os picos das montanhas galesas. Alguém reconheceu o Dr.Hall e o convidou a pregar um sermão. Ele declinou do convite, mas disse que ofereceria ações de graças pela ressurreição de Cristo.
Ele orou por vários minutos agradecendo a Deus a dádiva de seu Filho, o grande amor do Salvador ao carregar sobre si nosso pecado, e em seguida se pôs em atitude de adoração perante Cristo ressurreto. Quando terminou sua oração de ações de graças e louvor, notava-se que muitos rostos estavam banhados de lágrimas. Alguns anos depois ele subiu novamente o monte Snowdon para ver a mesma cena do romper do sol. Um ministro local o reconheceu e lhe perguntou se ele se lembrava de sua experiência anterior no monte Snowdon, passados alguns anos. Ele disse que se lembrava.
"O senhor ficou sabendo -, informou o homem da região – que, quando orou naquele dia, quarenta pessoas se converteram? – Isto foi maravilhoso – disse o Dr.Hall – Mais maravilhoso do que o senhor imagina -, disse o ministro local. "Todos aqueles convertidos falavam o dialeto galês e não conheciam uma única palavra em inglês. O Espírito Santo falou a eles e abriu seu coração, enquanto o senhor oferecia a oração de ações de graças.
Ore no Espírito em todas as ocasiões com todas as formas de orações e petições. Súplicas, orações, intercessões e ações de graças
Fonte: Na força do seu poder – David Searle – Editora Cultura Cristã.
Andrezinho rupereta.

Cristo, o Único Caminho


Como você pode acreditar em um Deus que é tão intolerante que providenciaria somente um único caminho de salvação para um mundo. Quem é esse Deus?
Eu não sei porque Deus não nos deu cinco salvadores ou quinze caminhos religiosos para satisfazê-Lo. Eu não conheço a resposta para essa questão. 
Eu devo propor uma situação hipotética. Suponha que existe Deus. Inicia-se essa suposição. E suponha que Deus é totalmente, absolutamente santo.  E suponha que esse Deus, não por uma mera necessidade para si mesmo, mas por absoluto amor e bondade cria um mundo. E Ele habita-o com vasto tipo de animais e plantas, e então quando Ele termina seu corado ato da criação, que é uma criatura que Ele molda em sua própria imagem e sopra a essa criatura seu próprio fôlego e dá a essa criatura preeminência sobre toda criação, domínio sobre todo mundo e dá-lhe a tarefa de espelhar, refletir, o próprio caráter de Deus. (Gn 1.27,-30; 2.7)
E Deus gratuitamente enche-lhe de todo tipo de benefícios, mas lhe dá uma restrição que era de não tocar ou comer o fruto proibido, e então Deus volta e suponha que essa criatura totalmente ingrata que deve a seu criador tudo, se vira e agarra isso por querer igualdade com seu Criador, e abertamente, obstinadamente desafia a lei de Deus, e Deus lhe diz que pelo o que fez ele iria morrer. (Gn 2.16-17; 3)
E suponha então que Deus tenha apagado a humanidade da Terra. Isso teria sido perfeitamente justo. Não teria?
Mas suponha que Deus estava tão paciente, tão bondoso, e ele diz: Eu cobrirei a nudez dessa criatura e eu providenciarei um caminho de salvação para ela e prometerei tirar esse pecador ingrato de sua desesperada condição.  Eu vou enviar a esse povo que rejeitou tudo que eu fiz por eles meu único Filho, e Eu vou levar os pecados do meu povo e transferi-los para as costas do meu próprio Filho, que é perfeitamente correto, perfeitamente justo. (Jo 3.16; Is 53)
E eles matam... 
O Filho. Jesus Cristo.
E Deus diz: Ok! Está certo! Vocês mataram Ele. Mas se vocês somente colocarem a confiança nele, e honrá-lo, eu os perdoarei de todo pecado cometido contra Mim e contra Ele. E darei a vocês vida eterna, onde não haverá mais morte, lágrimas, perversidade, dor, sofrimento, e vocês viverão para sempre e eterna felicidade. Mas meu único pedido é que vocês honrem Aquele que morreu em seu lugar. Buda não morreu por você. Moisés não morreu por você. Maomé não morreu por você. E eu peço-lhes que honrem e sigam meu único Filho. (Romanos 3.25; 5.1, 10; 2 Co 5.18 – 21; Cl 1.20-22)
Você ousaria se levantar diante de Deus no dia do julgamento e dizer: “Deus você não fez o suficiente.” Você olharia para o rosto de Deus e diria: “Um único caminho de salvação não é suficiente?”
Como vamos escapar se negligenciamos tão grande salvação. (Hebreus 2.3)
Amado, eu não acho que as pessoas que acreditam em Cristo são tão melhores do que pessoas que acreditam em algo também, eu não estou falando em superioridade de pessoas. Mas eu estou certo de que magoa o Deus Todo-Poderoso ouvir algum humano fazer sempre menção de Buda como o mesmo fôlego de que Jesus Cristo. Porque só Cristo é sem pecado (1 Pe 2.22). Buda foi um pecador, Buda não pode salvar a si mesmo tampouco alguém também. Maomé foi um pecador e Maomé nunca salvou ninguém. Só Cristo é sem pecado, só Cristo tem oferecido uma expiação, só Cristo tem providenciado Redenção para nós. (Atos 4.12)
Se isso não suficiente para você. Se isso é restrito demais. Então vá por seu próprio caminho, mas esse é o único Caminho que Deus providenciou. 
Você o escolhe ou perece.

R.C. Sproul – “Christ the Only Way”

Tradução: Marco A. Duarte Filho
Carta ao apóstolo Paulo,
Charles Phinney
Igreja Presbiteriana da Ásia Menor
Comitê de Missões
 
Paulo, o apóstolo

a/c de Áqüila, o fabricante de tendas
Corinto, Grécia 

Caro Paulo, 

Recentemente recebemos uma cópia de sua carta aos gálatas. O comitê me orientou a informá-lo de várias coisas que nos preocupam profundamente: 

Inicialmente, consideramos sua linguagem um tanto desequilibrada. Na carta, após a breve saudação aos gálatas, você imediatamente ataca seus oponentes afirmando que eles “querem perverter o evangelho de Cristo”. Então diz que esses homens deveriam ser considerados “malditos”; e, em outro lugar, você faz referência a “falsos irmãos”. Não seria mais caridoso lhes dar o benefício da dúvida — pelo menos até a Assembléia Geral ter investigado e julgado o assunto? Para piorar a situação, você ainda diz: “Quanto a esses que os perturbam, quem dera que se castrassem!” (5:12, NVI). Essa declaração é apropriada para um ministro cristão? A observação parece muito áspera e desamorosa. 

Paulo, temos realmente sentido a necessidade de preveni-lo sobre o tom de suas epístolas. Você confronta as pessoas de maneira áspera. Em algumas cartas você chegou até a mencionar nomes; essa prática tem, sem dúvida, angustiado os amigos de Himeneu, Alexandre e de outros. Afinal, muitas pessoas foram apresentadas à fé cristã pelo ministério desses homens. Embora alguns dos nossos missionários tenham manifestado lamentáveis deficiências, quando você fala desses homens de forma depreciativa só pode provocar sentimentos ruins. 

Em outras palavras, Paulo, creio que você deveria se esforçar para ter uma postura mais moderada em seu ministério. Você não deveria tentar ganhar os que estão no erro demonstrando um espírito brando? Neste momento é provável que você tenha alienado os judaizantes a ponto deles não mais o ouvirem. 

Por causa de sua sinceridade exagerada no falar, você também diminuiu suas oportunidades de influenciar futuramente a igreja como um todo. Se tivesse atuado de forma menos franca, sua presença poderia ser solicitada para integrar um comitê do presbitério para estudar a questão. Você poderia, então, ter contribuído com suas percepções, ajudando a delinear uma boa recomendação do comitê a respeito da posição teológica dos judaizantes, sem ter que resistir a personalidades em disputa . 

Além disso, Paulo, precisamos manter a união entre os que professam a fé em Cristo. Os judaizantes, pelo menos, permanecem conosco na confrontação do paganismo e do humanismo à nossa volta e prevalecente na cultura do Império Romano atual. Os judaizantes são nossos aliados na luta contra o aborto, a homossexualidade, a tirania no governo etc. Não podemos permitir que diferenças sobre minúcias doutrinárias obscureçam esse fator importante. 

Também devo mencionar que o conteúdo de suas cartas tem sido questionado, bem como seu estilo. O comitê questiona a propriedade da estrutura doutrinária de sua carta. É sábio importunar jovens cristãos, como os gálatas, com questões teológicas tão pesadas? Por exemplo, em vários lugares, você alude à doutrina da eleição. Você também entra numa longa discussão a respeito da lei. Talvez você poderia ter provado seu caso de outra forma, sem mencionar esses pontos complexos e controversos do cristianismo. Sua carta é excessivamente doutrinária, e provavelmente servirá apenas para polarizar as diferentes facções nas igrejas. Novamente, precisamos enfatizar a unidade, em vez de assuntos controvertidos, que acentuarão as divisões entre nós . 

Em outro lugar, você escreveu: “Ouçam bem o que eu , Paulo, lhes digo: Caso se deixem circuncidar, Cristo de nada lhes servirá” (5:2, NVI). Paulo, você tem a tendência de descrever as coisas estritamente em termos de preto-e-branco, como se não houvesse áreas acinzentadas. Você precisa usar expressões mais equilibradas, para não se tornar exclusivista. De outra forma, seu ponto de vista afastará muitas pessoas, e fará com que os visitantes não se sintam bem-vindos. O crescimento da igreja não é promovido tomando-se essa linha dura e permanecendo inflexível. 

Lembre-se, Paulo, não existe uma igreja perfeita. Precisamos tolerar muitas imperfeições na igreja, porque não podemos esperar ter todas as coisas ao mesmo tempo. Se você simplesmente pensar sobre sua experiência, você se lembrará de quanto fez mal à igreja no tempo da ignorância. Ao refletir sobre seu passado, você pode tomar uma atitude mais simpática para com os judaizantes. Seja paciente, e lhes dê algum tempo para chegar a um entendimento melhor. Enquanto isso, regozije-se pelo fato de todos compartilharmos a profissão de fé em Cristo, pois todos fomos batizados no nome dele.

Sinceramente,
Charles Phinney
Coordenador do Comitê de Missões
texto traduzido por: FelipeSabino

Andrezinho rupereta
















Já se passou algum tempo, que fui chamado por Deus, para comungar com Ele, por meio de seu filho Jesus, foi algo maravilhoso, naquela noite tive um real encontro com aquele que, algumas horas antes, eu tinha desafiado, claro que com o passar dos anos fui percebendo a minha tão grande ignorância.

Ao entrar naquela congregação, eu tinha um desafio em meu coração, eu tinha dito aquele que é Senhor dos senhores, que se Ele não me transforma-se naquela noite, eu nunca mais pisaria meu pé em uma “igreja”, o apelo foi feito, apelo feito para eu entregar minha vida a Jesus, eu queria entregar, mas não entendia o porquê queria fazer aquilo, a única coisa que entendia e que naquele momento minha vida estava uma (m...), mas Ele escutou o meu pedido. Ele me chamou, gerou o desejo e eu atendi o seu chamado.

Mas o que gostaria de lhe mostrar neste pequeno texto, é que, por muito tempo, fiquei sem entender, o que tinha acontecido em minha vida, como ocorrera tal transformação, lia minha bíblia, sem entender muita coisa, uma velha senhora que já estava trilhando o caminho do evangelho, me ensinou que deveria orar e ler a bíblia, isto eu fiz, e continuei minha trajetória. Lembro-me de me aproximar de um grupo de irmãos, que me acolheram, e por meio deles comecei a entender o que tinha ocorrido, aquela mudança notória em minha vida.

Mas sabe o que mais me impressiona nesta historia toda, e que por muito tempo eu não escutei que era um pecador por natureza, o que escutei é que não poderia ir à praia, pois era pecado, não podia usar bermuda, pois era coisa de gente carnal e outras coisinhas mais, ninguém me ensinou que eu era o problema, meu coração pecaminoso, era o grande mal existente, em minha vida.

Este grupo de amigos que encontrei me ensinou algumas coisas, mas como sou questionador por natureza, comecei a perceber que a bíblia, não fazia menção das coisas que ouvia em alguns púlpitos, escutava varias coisa, só não escutava sobre NOVO NASCIMENTO, A IRA DE DEUS CONTRA O PECADO, ARREPENDIMENTO, SANTIDADE (santidade, era algo vinculado, a maneira como nos vestíamos ou o lugar aonde íamos ou a música que escutávamos), a mensagem era agradável de um Deus que mudaria minha vida, a mensagem não questionava a minha maneira de ser, não me afrontava não me chamava ao arrependimento. A mensagem não dizia ‘você esta condenado a uma ETERNIDADE SEM DEUS’, sofrendo o castigo de Deus, a mensagem não trazia temor, nem gerava arrependimento, ela gerava conforto, ela trazia alivio para os meus problemas, mas ela não me convocava ao arrependimento, ela não mostrava que eu estava condenado, ela não mostrava o Cristo ressurreto, não, ela não dizia isto, ela dizia que Deus mudaria minha vida resolveria meus problemas, o que em parte era verdade, mas o evangelho não pode ser feito de meias verdades, eu sou um pecador e tenho que entender minha condição.

A minha esperança, independente da situação a qual me encontro hoje, e que sou JUSTIFICADO por JESUS CRISTO, se as coisas estão indo mal ou não, independente de minha situação, esta é a mensagem mais poderosa que encontramos no evangelho, pecadores que encontram vida, em JESUS CRISTO, pecadores arrebentados por causa de sua natureza, são curados e limpos de seus pecados, justificados por aquele que é SANTO e vive ETERNAMENTE.

Hoje eu compreendo o que Paulo queria dizer com a expressão “desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor”, sim hoje compreendo o quanto sou mal, sim isto nos faz caminhar, independente de casa nova, carro novo, o EVANGELHO SÃO AS BOAS NOVAS DE SALVAÇÃO e não as boas novas de carro e mansões, o evangelho nos transporta para um amanhã, vivo e cheio de vida, um amanhã junto com nosso DEUS por toda uma e ETERNIDADE, se vamos ter carros melhores, uma vida mais digna etc; e tal... ISTO FICA EM SEGUNDO PLANO, ELE EM SUA SABEDORIA, AJUSTARÁ A MINHA VIDA TUDO AQUILO QUE PRECISO, pois como diz o salmista “Já fui moço, e agora sou velho, mas não vi o justo mendigar o pão”, pois o nosso DEUS EM SUA MISERICORDIA SUPRIRÁ A NOSSA NESCESSIDADE, não ESTEJAMOS ANSIOSOS POR COISA ALGUMA, BUSQUEMOS O SEU REINO E SUA JUSTIÇA, E AS DEMAIS COISAS QUE NESCESSITAMOS NOS SERÃO ACRESCENTADAS...




Andrezinho rupereta







Já publicado em alguns blogs, esse quiz é interessante para mostrar a sintonia do seu pensamento teológico com grandes nomes da teologia cristã. 
É claro que essa enquete é limitada na avaliação, mas o exercício não deixa de ser divertido e instrutivo. 


Faça o teste também:


LINK PARA O TESTE:


 
O resultado de meu teste foi este:

You Scored as Martinho Lutero
Você é Martinho Lutero. 

Aqui estão os que possivelmente eu pareceria:

Karl Barth     100%
João Calvino     100%
Anselmo     100%
Martinho Lutero 100%
Santo Agostinho 67%
Charles Finney     67%
Jonathan Edwards 67%
Friedrich Schleiermacher 33%
Jurgen Moltmann 33%
Paul Tillich 33%
Rudolf Bultmann 33%
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